O ChatGPT e a morte da honestidade criativa na produção textual na sala de aula da Educação Básica

O presente artigo surgiu a partir de um estudo de caso (Yin, 2010) de um relato vivenciado em uma escola da rede pública de ensino do estado de Mato Grosso do Sul, com uma turma do primeiro ano do Ensino Médio, durante as aulas de língua portuguesa, em março de 2024. A atividade proposta aos estuda...

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Main Authors: Fernanda Victória Cruz Adegas, Luclecia Silva de Almeida Matias, Patrícia Graciela da Rocha
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual do Ceará 2025-03-01
Series:Linguagem em Foco
Subjects:
Online Access:https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/13561
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Description
Summary:O presente artigo surgiu a partir de um estudo de caso (Yin, 2010) de um relato vivenciado em uma escola da rede pública de ensino do estado de Mato Grosso do Sul, com uma turma do primeiro ano do Ensino Médio, durante as aulas de língua portuguesa, em março de 2024. A atividade proposta aos estudantes envolvia a produção de poemas voltados para a temática da mulher. Nos 32 textos entregues pelos alunos foi detectado, pela docente da turma, o uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA), especificamente do ChatGPT, em 13 deles. Tendo isso em vista, este trabalho objetiva analisar algumas das produções de poemas feitas pela IA, de modo a apontar certas regularidades e ocorrências nos textos, além de traçar uma comparação com as produções realizadas, de fato, pelos alunos. Para isso, utilizamos como arcabouço teórico as pesquisas a respeito das concepções de IA (Santaella, 2023), do uso de tecnologias no ensino de línguas (Martins; Moreira, 2012), bem como estudos sobre os gêneros textuais e produção textual na escola (Schneuwly; Dolz, 2004). Como resultado, pontuamos que a IA na produção de texto, sobretudo do cânone literário, possui limitações em alguns aspectos como, por exemplo, a subjetividade do conteúdo produzido e a perpetuação da forma baseada em rimas, apenas - o que exclui outras possibilidades de construção do poema. Sublinhamos a necessidade de os professores serem formados para essas novas tecnologias, e não apenas sobre, visando um olhar crítico e reflexivo acerca das possibilidades e limitações da IA na escola e na educação linguística contemporânea. Reconhecemos, por fim, que muitos docentes já estão em atuação, logo, uma formação continuada também se coloca como uma alternativa viável, pensando nessa realidade exposta.
ISSN:2176-7955
2674-8266