O direito de um Estado contra "um inimigo injusto" não tem limites

Schmitt sustentou que a moderna desconexão entre a guerra justa e a justa causa para a guerra implicou um avanço na racionalização jurídica das guerras no âmbito do direito internacional público. Nesse particular, a análise que Schmitt faz de Kant questiona a adesão do filósofo a essa tese da moder...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Delamar José Volpato Dutra, Cláudio Ladeira de Oliveira
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2020-09-01
Series:Ethic@: an International Journal for Moral Philosophy
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/view/74687
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Schmitt sustentou que a moderna desconexão entre a guerra justa e a justa causa para a guerra implicou um avanço na racionalização jurídica das guerras no âmbito do direito internacional público. Nesse particular, a análise que Schmitt faz de Kant questiona a adesão do filósofo a essa tese da modernidade. Para ele, o Kant maduro acabou por reverberar as teses da justa causa para a guerra mediante o seu conceito de inimigo injusto da RL. O presente texto defende a interpretação de Williams segundo a qual Kant teria não só abandonado a justa causa para a guerra, como teria abandonado a própria noção de guerra justa, visto tal noção estar em descompasso com o direito internacional público.
ISSN:1677-2954