Probabilidade de emigração dos pescadores de bagre da amazônia: implicações para o manejo

Este estudo objetivou determinar a probabilidade de emigração entre os pescadores de bagres amazônicos. Foram entrevistados 2.105 pescadores de agosto-2002 a maio-2003. O canal principal do Rio Solimões-Amazonas foi dividido em cinco regiões com caracterí­­sticas socioeconômicas, institucionais e d...

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Main Authors: Adriana Rosa CARVALHO, José Fernandes BARROS
Format: Article
Language:English
Published: Instituto de Pesca 2018-11-01
Series:Boletim do Instituto de Pesca
Subjects:
Online Access:https://institutodepesca.org/index.php/bip/article/view/812
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Description
Summary:Este estudo objetivou determinar a probabilidade de emigração entre os pescadores de bagres amazônicos. Foram entrevistados 2.105 pescadores de agosto-2002 a maio-2003. O canal principal do Rio Solimões-Amazonas foi dividido em cinco regiões com caracterí­­sticas socioeconômicas, institucionais e de pesca distintas. Um modelo de regressão logí­­stica foi aplicado para verificar qual destas caracterí­­sticas influenciaria a probabilidade de emigração estimada para o canal principal do rio e em cada uma das cinco regiões. Os resultados indicam baixa probabilidade de emigração no canal e para todas as regiões, mas principalmente no Estuário (P = 0,1), que tem melhor estrutura organizacional e oportunidades de empregos indiretos. A probabilidade de emigração aumenta discretamente rio acima. Consequentemente, Tabatinga teve a maior probabilidade de êxodo ambiental (P = 0,5). Os pescadores mais propensos a emigrar são aqueles que vivem na comunidade há menos tempo, aqueles que pescam há menos tempo e aqueles não filiados í­Â  Colônia de Pesca. Uma vez que este resultado é oposto ao esperado pelas agências de manejo da pesca, a importí­¢ncia do comanejo e da inclusão das perspectivas e interesses dos pescadores no manejo pesqueiro é brevemente discutida, em oposição í­Â  abordagem tradicional, que é focada apenas em avaliação de estoques.
ISSN:1678-2305