Existir no mapa: interfaces entre cartografia social e intervenção comunitária

O mapa é um instrumento de poder, não estar no mapa significa ter sua existência apagada do mundo. Este artigo propõe reflexões acerca da potência existente na aproximação entre a psicologia comunitária, desde uma perspectiva de intervenções comunitárias e a cartografia social enquanto método de pes...

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Main Authors: Silvana Ribeiro, Henrique França Duara, Robert Filipe dos Passos, Mariele Aparecida Malaquias da Silva
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) 2024-08-01
Series:Psi Unisc
Subjects:
Online Access:https://online.unisc.br/seer/index.php/psi/article/view/19080
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Description
Summary:O mapa é um instrumento de poder, não estar no mapa significa ter sua existência apagada do mundo. Este artigo propõe reflexões acerca da potência existente na aproximação entre a psicologia comunitária, desde uma perspectiva de intervenções comunitárias e a cartografia social enquanto método de pesquisa. Para isso, aborda-se a simbologia do mapeamento, trazendo ao centro da análise o filme brasileiro Bacurau (2019) como interlocutor destas reflexões. A cartografia social como instrumento de construção de conhecimento coletivo possibilita uma aproximação com a comunidade, bem como a produção de pistas acerca das fragilidades e potências dos territórios por meio de diversas formas de elaboração de mapeamentos que encontram na escuta a oportunidade de leitura acerca da realidade social. Assim, cartografar em psicologia comunitária é uma forma de fazer existir no mapa e no mundo, através dos sons, imagens e narrativas que foram sendo silenciados na história das comunidades. Este artigo tem como uma das principais contribuições ao conhecimento em psicologia comunitária a compreensão de que a cartografia social é uma ferramenta teórico-metodológica essencial na formação de uma escuta e análise crítica em psicologia.
ISSN:2527-1288