Por uma concepção política de conflito escolar
A partir de pesquisa-intervenção realizada em duas escolas públicas fluminenses e a emergência do dispositivo grupos de reflexão realizado com os jovens do nono ano do Ensino Fundamental e do terceiro ano do Ensino Médio, o presente artigo analisa as lógicas presentes na concepção de conflito no con...
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Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal do Ceará
2018-01-01
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Series: | Revista de Psicologia |
Online Access: | http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/20508 |
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Summary: | A partir de pesquisa-intervenção realizada em duas escolas públicas fluminenses e a emergência do dispositivo grupos de reflexão realizado com os jovens do nono ano do Ensino Fundamental e do terceiro ano do Ensino Médio, o presente artigo analisa as lógicas presentes na concepção de conflito no contexto escolar. Dentro desse cenário emergem diariamente brigas, discussões, polêmicas, dissensos, desacordos. Em um espaço em que majoritariamente a normatização é compreendida como cuidado, a fim de controlar e adestrar jovens para se tornarem mão de obra qualificada no futuro, o desvio serve como ponto de partida para definição da norma. O conflito pode ser entendido a partir de um olhar positivista sobre o indivíduo, generalizante, individualista, intimista, representativo – aqui a Psicologia emerge, na medida em que sua intervenção é pautada na prevenção diagnóstica de distúrbio e disfunções. A partir do referencial teórico-metodologico da Psicologia da Libertação Latinoamericana e da Análise Institucional Francesa propõe-se pautar o conflito como relações de poder, opressão, discriminação, injustiça, desigualdade, estruturas sociais: uma concepção política do conflito escolar. É preciso, portanto, desindividualizar as demandas que emergem como conflito e trazer as tensões, as relações sociais, as convivências, a política das relações das juventudes que habitam as escolas. |
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ISSN: | 0102-1222 2179-1740 |