Sepse precoce em prematuros de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
Justificativa e Objetivos: apesar dos grandes avanços na assistência neonatal, os óbitos nesse período etário continuam elevados em todo o mundo, destacando-se a prematuridade e a sepse neonatal como as principais causas. Este estudo objetivou avaliar a incidência de sepse neonatal precoce e os fato...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Santa Cruz do Sul
2024-09-01
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Series: | Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção |
Subjects: | |
Online Access: | https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/18920 |
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author | Raquel Cristina Gomes Lima Danielle Souto de Medeiros Verônica Cheles Vieira Carla Silvana de Oliveira e Silva |
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description | Justificativa e Objetivos: apesar dos grandes avanços na assistência neonatal, os óbitos nesse período etário continuam elevados em todo o mundo, destacando-se a prematuridade e a sepse neonatal como as principais causas. Este estudo objetivou avaliar a incidência de sepse neonatal precoce e os fatores de risco materno e neonatal associados de prematuros internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais em uma cidade no interior da Bahia. Métodos: estudo de coorte não concorrente, incluindo 268 prematuros internados no dia do nascimento, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017, acompanhados no período neonatal. Foram calculados a incidência de sepse neonatal precoce e seus fatores de risco. Utilizou-se, para análise multivariada, a regressão de Poisson com variância robusta, obtendo-se estimativas do Risco Relativo (RR) e dos respectivos Intervalos de Confiança (IC) de 95%. Considerou-se significância estatística quando valor de p ≤ 0,05. Resultados: incidência da sepse precoce foi 38% (102), sendo que 12,3% (33) tiveram sepse tratada pela clínica e 25,7% (69) apresentaram, também, pelo menos uma alteração laboratorial. O diagnóstico de sepse precoce presumida foi identificado em 63,4% (170); nenhuma sepse foi confirmada com cultura; e a sepse foi afastada em 25,5% (68) dos prematuros. Associaram-se positivamente ao desfecho nascer de parto vaginal (RR: 1,53; IC95%: 1,19-1,97), idade gestacional menor que 32 semanas (RR: 1,86; IC95%: 1,35-2,57), menor que 28 semanas (RR: 2,16; IC95%: 1,59-2,94) e Apgar 5º minuto menor que 7 (RR: 1,45; IC95%:1,14-1,83). Conclusão: houve elevada incidência de sepse precoce, comparada com as pesquisas internacionais e nacionais. Os resultados sugerem necessidade de estratégias para a prevenção da prematuridade e melhoria da assistência durante o parto. |
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institution | Kabale University |
issn | 2238-3360 |
language | Portuguese |
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publisher | Universidade de Santa Cruz do Sul |
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series | Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção |
spelling | doaj-art-cca99b326e074370b557bdc57d42ccd72025-01-20T19:22:56ZporUniversidade de Santa Cruz do SulRevista de Epidemiologia e Controle de Infecção2238-33602024-09-0114310.17058/reci.v14i3.1892018294Sepse precoce em prematuros de Unidades de Terapia Intensiva NeonatalRaquel Cristina Gomes Lima0Danielle Souto de Medeiros1Verônica Cheles Vieira2Carla Silvana de Oliveira e Silva3Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, MG, BrasilInstituto Multidisciplinar em Saúde, Universidade Federal da Bahia, Vitória da Conquista, BA, BrasilInstituto Multidisciplinar em Saúde, Universidade Federal da Bahia, Vitória da Conquista, BA, BrasilPrograma de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Montes, Montes Claros, MG, Brasil. Justificativa e Objetivos: apesar dos grandes avanços na assistência neonatal, os óbitos nesse período etário continuam elevados em todo o mundo, destacando-se a prematuridade e a sepse neonatal como as principais causas. Este estudo objetivou avaliar a incidência de sepse neonatal precoce e os fatores de risco materno e neonatal associados de prematuros internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais em uma cidade no interior da Bahia. Métodos: estudo de coorte não concorrente, incluindo 268 prematuros internados no dia do nascimento, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2017, acompanhados no período neonatal. Foram calculados a incidência de sepse neonatal precoce e seus fatores de risco. Utilizou-se, para análise multivariada, a regressão de Poisson com variância robusta, obtendo-se estimativas do Risco Relativo (RR) e dos respectivos Intervalos de Confiança (IC) de 95%. Considerou-se significância estatística quando valor de p ≤ 0,05. Resultados: incidência da sepse precoce foi 38% (102), sendo que 12,3% (33) tiveram sepse tratada pela clínica e 25,7% (69) apresentaram, também, pelo menos uma alteração laboratorial. O diagnóstico de sepse precoce presumida foi identificado em 63,4% (170); nenhuma sepse foi confirmada com cultura; e a sepse foi afastada em 25,5% (68) dos prematuros. Associaram-se positivamente ao desfecho nascer de parto vaginal (RR: 1,53; IC95%: 1,19-1,97), idade gestacional menor que 32 semanas (RR: 1,86; IC95%: 1,35-2,57), menor que 28 semanas (RR: 2,16; IC95%: 1,59-2,94) e Apgar 5º minuto menor que 7 (RR: 1,45; IC95%:1,14-1,83). Conclusão: houve elevada incidência de sepse precoce, comparada com as pesquisas internacionais e nacionais. Os resultados sugerem necessidade de estratégias para a prevenção da prematuridade e melhoria da assistência durante o parto.https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/18920recém-nascido prematuro; sepse neonatal precoce; uti neonatal; estudos longitudinais |
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