Branquitude e negrofilia: o consumo do outro na educação para as relações étnico-raciais
Este ensaio tem por objetivo propor o uso do termo negrofilia em análises sobre a branquitude. A reflexão vale-se do conceito de negrofilia (ARCHER-STRAW, 2000) que consiste em uma compreensão sobre o espaço de privilégio da branquitude que permite ao branco consumir intencionalmente a história, a...
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| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Universidade Federal de Santa Catarina
2019-09-01
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| Series: | Perspectiva |
| Online Access: | https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/53329 |
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| Summary: | Este ensaio tem por objetivo propor o uso do termo negrofilia em análises sobre a branquitude. A reflexão vale-se do conceito de negrofilia (ARCHER-STRAW, 2000) que consiste em uma compreensão sobre o espaço de privilégio da branquitude que permite ao branco consumir intencionalmente a história, a cultura e o corpo do negro, usando o discurso politicamente correto - sem abrir mão dos seus privilégios. Primeiro é apresentada a origem e o uso do termo, que se situa na França do início do século XX, assim como esse pode ser inserido nos estudos sobre a branquitude. Na segunda parte deste ensaio, é apresentado um estudo de caso que ilustra de que forma a negrofilia está presente no sistema educacional de ensino e de formação de professores brasileiros, ainda que haja formação direcionada para a educação das relações étnico-raciais. Este ensaio, portanto, defende que a negrofilia pode ser identificada na formação de professores em disciplinas de Educação das Relações Étnico-Raciais, assim como em discursos que, supostamente, defendem a diversidade étnico-racial.
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| ISSN: | 0102-5473 2175-795X |