Imperialismo e guerra civil no mundo árabe: a tragédia síria: aporias e consequências da falta de intervir
Segunda parte do artigo analisando a crise síria no contexto internacional, lida com a situação desde o levante popular anti-Assad e a decorrente guerra civil de 2011 até o começo de 2014, defendendo a posição de que apenas uma postura internacional muito mais pró-ativa poderia frear a violência e c...
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| Main Author: | |
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| Format: | Article |
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| Published: |
Universidade de São Paulo
2014-12-01
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| Series: | Malala |
| Online Access: | http://www.revistas.usp.br/malala/article/view/97484 |
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| description | Segunda parte do artigo analisando a crise síria no contexto internacional, lida com a situação desde o levante popular anti-Assad e a decorrente guerra civil de 2011 até o começo de 2014, defendendo a posição de que apenas uma postura internacional muito mais pró-ativa poderia frear a violência e colocar as bases de um debate abrangente para repensar a convivência das várias comunidades, etnias e religiões. Entre os fatores que tornaram esta convivência mais complicada na Síria – Líbano e Iraque - do que em outras sociedades médio-orientais estão questões não-resolvidas de identidade coletiva. Uma ditadura modernizadora, essencialmente unipartidária de uma comunidade (alawita) sobre as demais, resultado das contradições internas entre as diversas comunidades, provocou, por fim, as demonstrações de 2011. Apesar das reivindicações para democratizar a estrutura política, a extrema heterogeneidade da sociedade síria não permitiu a unificação das oposições. Estas, fracas para começar, receberam pouco apoio externo (ocidental em particular), enquanto o regime se beneficiou da ajuda de Hizbullah, Irã, Rússia e de outros aliados. Paradoxalmente o uso de ADMs do regime de Assad contra civis sírios sepultou a possibilidade de uma intervenção internacional e acabou enfraquecendo as forças democráticas e/ou liberais a favor dos interesses do eixo xiita e de jihadistas sunitas. Em consequência a partir do fim de 2013, o caráter do conflito começou a se transformar de guerra civil em guerra aberta por “proxy” entre interesses sauditas, turcos e iranianos, entre outros. O artigo argumenta que o conflito não pode se resolver pelas próprias forças internas; tenta relativizar o papel do Estado numa solução; esboça alguns elementos de uma nova constituição democrática com fortes garantias para minorias; discute o dilema do papel do islã nela; e explica porque a solução do conflito sírio está vinculada à solução de outros conflitos no Oriente Médio. |
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| publisher | Universidade de São Paulo |
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