Perfil clínico, epidemiológico e laboratorial de casos suspeitos de arboviroses durante a emergência do Zika vírus no Brasil

Justificativa e Objetivos: Arboviroses impactam a saúde pública mundialmente, causando graves prejuízos à saúde humana. Os arbovírus causam síndromes febris agudas semelhantes, desafiando o diagnóstico diferencial e a notificação adequada. O objetivo desta pesquisa foi descrever o perfil epidemiológ...

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Main Authors: José Henrique Francisco Roma, Rachel Cruz Alves, Ludiele Souza Castro, Márcio José Ferreira, Claudinéia de Araújo, Bruno Moreira Carneiro, Renata Dezengrini Slhessarenko, Juliana Helena Chavez Pavoni, Mariângela Ribeiro Resende
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de Santa Cruz do Sul 2024-11-01
Series:Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção
Subjects:
Online Access:https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/19176
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Description
Summary:Justificativa e Objetivos: Arboviroses impactam a saúde pública mundialmente, causando graves prejuízos à saúde humana. Os arbovírus causam síndromes febris agudas semelhantes, desafiando o diagnóstico diferencial e a notificação adequada. O objetivo desta pesquisa foi descrever o perfil epidemiológico e laboratorial dos casos suspeitos de arboviroses notificados no sudeste de Mato Grosso (MT) durante a primeira emergência brasileira do Zika vírus. Métodos: as características clínicas e epidemiológicas das arboviroses foram analisadas de forma retrospectiva e descritiva. Amostras de soro foram avaliadas por reação em cadeia da polimerase em tempo real via transcriptase reversa para detecção de Zika, Dengue e Chikungunya, e por imunoensaio para detecção de IgM e IgG contra Zika. Resultados:Dos 197 pacientes, 63% eram do sexo feminino e oito estavam grávidas. A média de idade foi de 32 anos, dos quais 44% tinham 19 e 59 anos; 28% eram brancos; 34% eram alfabetizados; e 58,9% eram residentes urbanos. Cerca de 61% dos casos ocorreram durante os períodos chuvosos, sendo 12,1% em três regiões da área de estudo. Os distúrbios musculoesqueléticos foram as principais queixas (22,8%), seguidos de febre (13,7%), exantema e petéquias (12,6%), cefaleia (11,7%), prurido (10%), manifestações oftalmológicas (6,1%) e manifestações gastrointestinais (5,6%). Por meio de ensaios moleculares, foram detectados 8,9% e 1,7% de Zika e Dengue, respectivamente, nas amostras testadas. Os ensaios sorológicos para Zika mostraram 10,6% de amostras positivas para IgM e 55,8% para IgG. Conclusão: Este estudo fornece o perfil clínico, epidemiológico e laboratorial da emergência do Zika vírus em ambientes de alta endemicidade de dengue. A relevância do estudo é compreender a introdução e ocorrência concomitante de uma nova arbovirose.
ISSN:2238-3360