Biologia reprodutiva do siri-azul Callinectes sapidus no estuário da Lagoa dos Patos, RS, Brasil

Foi observado o estado reprodutivo e definidas as relações gonadais de Callinectes sapidus no estuário e área oceí­¢nica adjacente da Lagoa dos Patos, RS, a partir de dados de captura por unidade de esforço e fecundidade. Foram realizadas coletas mensais entre abril de 2008 e abril de 2010. O taman...

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Main Authors: Marcos Alaniz RODRIGUES, Fernando D'INCAO
Format: Article
Language:English
Published: Instituto de Pesca 2018-11-01
Series:Boletim do Instituto de Pesca
Subjects:
Online Access:https://institutodepesca.org/index.php/bip/article/view/1036
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Description
Summary:Foi observado o estado reprodutivo e definidas as relações gonadais de Callinectes sapidus no estuário e área oceí­¢nica adjacente da Lagoa dos Patos, RS, a partir de dados de captura por unidade de esforço e fecundidade. Foram realizadas coletas mensais entre abril de 2008 e abril de 2010. O tamanho de primeira maturação (LC50) do siri-azul foi estimado em 108 mm de largura de carapaça para machos e 115 mm para fêmeas. Houve aumento da relação gonadossomática durante os meses de inverno e diminuição durante os meses de verão. A relação gonadal permite inferir que o perí­­odo de cópula e desenvolvimento gonadal está delimitado entre o inverno e a primavera. Pela proporção dos estádios de desenvolvimento das gônadas no iní­­cio do inverno, a maior parte das fêmeas apresentou gônadas imaturas, enquanto que no verão, a maioria das fêmeas analisadas possuí­­a gônada em repouso, indicando desova recente. A espécie apresenta reprodução sazonal bem marcada para o estuário, com machos maturando com tamanho menor que o das fêmeas. Na temporada reprodutiva de 2008 notou-se um equilí­­brio entre o número de machos e o de fêmeas no interior do estuário, o que não se repetiu na temporada de 2009, talvez pelo alto volume de chuvas registrado neste perí­­odo, que pode ter causado a migração de fêmeas em busca de salinidades mais elevadas para desova. Callinectes sapidus é sensí­­vel a alterações ambientais, e prolongados perí­­odos de chuva combinados com outros fatores ambientais, como diminuição de salinidade, podem comprometer o estoque.
ISSN:1678-2305