Perfil epidemiológico de pacientes internados por COVID-19 e diagnosticados com pneumonia associada à ventilação mecânica
Justificativa e Objetivos: devido às complicações associadas à infecção pela doença do Coronavírus-2019 (COVID-19), houve um aumento de hospitalizações em terapia intensiva e do uso de ventilação mecânica e das infecções relacionadas à assistência à saúde no período pandêmico. Diante disso, objetivo...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Santa Cruz do Sul
2024-10-01
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Series: | Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção |
Subjects: | |
Online Access: | https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/19041 |
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Summary: | Justificativa e Objetivos: devido às complicações associadas à infecção pela doença do Coronavírus-2019 (COVID-19), houve um aumento de hospitalizações em terapia intensiva e do uso de ventilação mecânica e das infecções relacionadas à assistência à saúde no período pandêmico. Diante disso, objetivou-se conhecer o perfil epidemiológico de pacientes internados por COVID-19 em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que desenvolveram pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Métodos: estudo transversal retrospectivo, com coleta de dados do prontuário eletrônico. Realizado em uma UTI específica para COVID-19, localizada no sul do Brasil, entre julho de 2020 e junho de 2021. Incluíram-se pacientes com COVID-19 que desenvolveram PAV. Excluíram-se aqueles que desenvolveram PAV clínica ou que não apresentavam informações disponíveis para acesso. Resultados: participaram do estudo 54 pacientes, com predominância do sexo masculino (55,6%), faixa etária de 60 anos ou mais (38,9%) e sobrepeso (53,7%). As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica (63,8%) e diabetes mellitus (20,4%). Identificaram-se somente casos de etiologia bacteriana, com predominância das gram-negativas Acinetobacter baumannii (57,4%),Pseudomonas aeruginosa (24,1%), Klebsiella pneumoniae (20,4%) e de resistência microbiana. O desfecho clínico predominante foi óbito. Conclusão: evidenciou-se um padrão semelhante ao encontrado na literatura relacionado ao perfil de pacientes que internaram em terapia intensiva por COVID-19 e que desenvolveram PAV. Fatores como imunossupressão, idade avançada e doenças crônicas apresentaram predominância nos casos. Condizentemente à literatura, a etiologia bacteriana mostrou-se mais prevalente em PAV, assim como a prevalência de bactérias gram-negativas e com resistência a antimicrobianos. |
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ISSN: | 2238-3360 |