A atenção primária no enfrentamento aos desastres socioambientais

O município de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, enfrentou, em fevereiro de 2022, o maior desastre socioambiental de sua história, resultando em 244 mortes e milhares de desabrigados. Desastres como esse são definidos como sérias interrupções que excedem a capacidade da comunidade afetada de...

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Main Authors: Amanda Vieira dos Santos, Maria Gabriela Campos Gomes Terra, Rafael Aragão Ribeiro, Julia Barban Morelli Rosas
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 2024-12-01
Series:Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
Subjects:
Online Access:https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4204
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Description
Summary:O município de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, enfrentou, em fevereiro de 2022, o maior desastre socioambiental de sua história, resultando em 244 mortes e milhares de desabrigados. Desastres como esse são definidos como sérias interrupções que excedem a capacidade da comunidade afetada de lidar com a situação utilizando seus próprios recursos. A vulnerabilidade a desastres resulta de processos sociais precários e mudanças ambientais que tornam certas populações e áreas mais suscetíveis. Os efeitos na saúde pública incluem danos materiais e humanos, com demandas de saúde emergindo ao longo do tempo, desde atendimentos de urgência até problemas de saúde mental. A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha um papel crucial em todas as fases de resposta a desastres. Este artigo visa relatar as ações das equipes de saúde da família ligadas ao Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade em resposta ao desastre de 2022, seja imediatamente atendendo feridos, fornecendo medicamentos, realizando curativos, vacinações e gerenciando condições crônicas, seja nas semanas subsequentes marcadas pelo acolhimento às vítimas, pela coordenação de doações e os cuidados nos abrigos. A atuação coordenada da APS foi essencial para fornecer cuidados de saúde adequados e organizar as ações nos abrigos. A experiência destacou a importância da preparação das equipes de saúde para lidar com desastres e a necessidade de incluir esse tema na formação profissional em APS.
ISSN:1809-5909
2179-7994