E quando contarmos nossas histórias? Relatos em uma formação racista // And when do we tell our stories? Stories in a racist degree

Situando o campo onto-epistemológico do espaço universitário, este texto volta-se para a contestação da produção de conhecimento científico e, com isso, possibilitar marcar o não-marcado (privilégio do saber) e citar sobre o mal falado (racismo). Para isso, situa-se que a entrada na universidade de...

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Bibliographic Details
Main Author: Manoel Nogueira Maia Neto
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Ceará 2022-06-01
Series:Revista de Psicologia
Subjects:
Online Access:http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/78167
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Description
Summary:Situando o campo onto-epistemológico do espaço universitário, este texto volta-se para a contestação da produção de conhecimento científico e, com isso, possibilitar marcar o não-marcado (privilégio do saber) e citar sobre o mal falado (racismo). Para isso, situa-se que a entrada na universidade de sujeitos historicamente construídos como objetos científicos acarreta tensões através  da exposição de um curioso silenciamento acerca da produção da ficção de neutralidade de um certo tipo de sujeito-sistema (homem, branco, cis, hétero). Neste escrito, ocorre a marcação da localização da autoria (negra, homem, cis, gay) como uma estratégia de produção de autonomia, do negro falar sobre si, marcando a trajetória como parte do fazer ciência - não como novidade e, sim, como uma re-inauguração anti-racista. Com o objetivo de tentar responder “Quem pode falar?” (KILOMBA, 2019, p. 33), organiza-se a partir daqui uma “contação de histórias” biográfica-coletiva  sobre os atravessamentos de uma formação racista em para pessoas negras, a qual pretende se ater sobre os tensões, os racismos e as negociações das questões raciais na área da Psicologia.
ISSN:0102-1222
2179-1740