“LAR, DOCE LAR”: OS PROJETOS RESIDENCIAIS PREVEEM ACESSIBILIDADE ÀS PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA?

No Brasil, a moradia é um direito social e o sonho da casa própria cria expectativas e desejos. A habitação, para ser eficiente, deve levar em conta as necessidades das pessoas que usufruirão diariamente e, eventualmente, por toda vida, dos espaços edificados. O objetivo deste estudo consiste em ver...

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Main Authors: Christian Albers, Michele Barth, Jacinta Sidegum Renner
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Ergonomia 2021-01-01
Series:Ação Ergonômica
Subjects:
Online Access:https://revistaacaoergonomica.org/article/doi/10.4322/rae.v15n2.e202101
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Description
Summary:No Brasil, a moradia é um direito social e o sonho da casa própria cria expectativas e desejos. A habitação, para ser eficiente, deve levar em conta as necessidades das pessoas que usufruirão diariamente e, eventualmente, por toda vida, dos espaços edificados. O objetivo deste estudo consiste em verificar se os projetos residenciais são acessíveis e/ou adaptáveis para pessoas com mobilidade reduzida. Esta pesquisa é de natureza básica e em relação aos objetivos é descritiva. A análise e discussão de dados se configura como abordagem qualitativa. Como fonte de dados foram analisados 61 projetos aprovados pelo Setor de Arquitetura da Prefeitura Municipal de Linha Nova/RS, entre os anos de 2015 e 2020. Conforme os dados encontrados, uma provável ou inevitável adaptação futura será custosa e demorada em grande parte das residências, uma vez que 75,41% apresentam desníveis no acesso principal; 62,30% tem banheiros com portas menores de 80cm; 93,40% possuem sanitários com a porta abrindo para dentro do espaço; 82,05% tem corredores que não permitem rotação de cadeira de rodas e adequado acesso aos espaços contíguos; e 63,21% dos banheiros não tem possibilidade de acesso seguro e confortável de cadeira de rodas. Percebe-se que a legislação municipal não dialoga com a NBR e, como resultado, poucas edificações são plenamente aptas às necessidades das pessoas com mobilidade reduzida.
ISSN:1519-7859