Significados atribuídos ao sofrimento psíquico por parte de profissionais emergencistas

Esta pesquisa tratou dos sentidos atribuídos ao sofrimento psíquico, quanto a sua configuração e estraté­gias de enfrentamento, por parte de doze profissionais que de emergência hospitalar pública localizada em Fortaleza (Ceará). Concretizou-se através do método qualitativo e da observação participa...

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Main Authors: Hilda Coutinho Oliveira, Yvana Coutinho Oliveira, Edilma Casimiro Gomes Serafim, Ieda Cabral Mota, João Jorge de Souza Neto
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Ceará 2010-07-01
Series:Revista de Psicologia
Subjects:
Online Access:http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/64
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Description
Summary:Esta pesquisa tratou dos sentidos atribuídos ao sofrimento psíquico, quanto a sua configuração e estraté­gias de enfrentamento, por parte de doze profissionais que de emergência hospitalar pública localizada em Fortaleza (Ceará). Concretizou-se através do método qualitativo e da observação participante e entrevista semi-estruturada. Foram analisadas vinte e oito sessões de observação e doze entrevistas com o grupo composto por quatro médicos, quatro enfermeiros e quatro auxiliares de enfermagem. Considerou-se as expressões comportamentais e verbais dos sujeitos nas Salas de Recepção, Medicação, Parada Cardía­ca ou Respiratória, Observação I e II e Extra, que possibilitaram o destaque de questões recorrentes no âmbito plural do material, quando se buscou decifrar seus significados. O estudo do sofrimento psíquico foi feito segundo categorias previamente estabelecidas. Seus conteúdos foram compreendidos com base na Psicanálise e, mais especificamente, nas idéias dejourianas referentes à psicodinâmica do trabalho. Suas descobertas, inaplicáveis a generalizações, foram inseridas nas considerações finais: o trabalho na emergência significou altruísmo e aprendizagem; houve precariedade de recursos materiais e humanos, e riscos psicofísicos no âmbito das condições de trabalho; existiram desafios, ritualização, subordinação e conflitos no campo da organização do trabalho; o sofrimento psíquico se configurou como o conflito entre a onipotência e a vulnerabilidade; as estratégias de enfrentamento abrangeram distúrbios físicos e emo­cionais, defesas (negação, identificação, ilusão grupal), e família, lazer e religião.
ISSN:0102-1222
2179-1740