Ferenczi, o Ambiente e a Pulsão de Morte

O presente trabalho tem por ponto de partida a investigação das vicissitudes da pulsão de morte na obra de Sándor Ferenczi. Toma-se, para tal, o que se entende como quatro eixos fundamentais do conceito na proposta original freudiana, quais sejam: o retorno ao inorgânico; a compulsão à repetição; a...

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Main Authors: Felipe Cotia Lyra da Silva, Carlos Augusto Peixoto Junior
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de Fortaleza 2025-03-01
Series:Revista Subjetividades
Subjects:
Online Access:https://ojs.unifor.br/rmes/article/view/11740
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Description
Summary:O presente trabalho tem por ponto de partida a investigação das vicissitudes da pulsão de morte na obra de Sándor Ferenczi. Toma-se, para tal, o que se entende como quatro eixos fundamentais do conceito na proposta original freudiana, quais sejam: o retorno ao inorgânico; a compulsão à repetição; a pulsão de destruição; e o trauma. Nesse sentido, a ideia ferencziana da tendência geral de retorno ao útero; a valorização da repetição sobretudo no âmbito da clínica; a subordinação das manifestações destrutivas do sujeito à ação, em primeiro lugar, dos objetos; e a proposição do trauma como um fenômeno relacional são fatores que permitem situar o ambiente como o protagonista para Ferenczi. Embora o autor húngaro jamais tenha negado explicitamente a pulsão de morte, compreende-se que o conceito assume papel de coadjuvante no seu pensamento, cujo pioneirismo abriu caminho decididamente para a psicanálise da intersubjetividade e das relações objetais.
ISSN:2359-0777