EP-422 - TERAPIA DUPLA, DADOS DE VIDA REAL
Introdução: Terapia dupla (TD) com dolutegravir + lamivudina é aprovado no Brasil para uso em pessoas que vivem com HIV (PVHA) em uso de terapia antirretroviral (TARV), virologicamente suprimidos, com contra indicação ou risco de desenvolver toxicidade/evento adverso relacionado aos ITRNT (Inibidore...
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| Main Authors: | , , , , , , , , , |
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| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Elsevier
2024-10-01
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| Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
| Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867024006032 |
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| Summary: | Introdução: Terapia dupla (TD) com dolutegravir + lamivudina é aprovado no Brasil para uso em pessoas que vivem com HIV (PVHA) em uso de terapia antirretroviral (TARV), virologicamente suprimidos, com contra indicação ou risco de desenvolver toxicidade/evento adverso relacionado aos ITRNT (Inibidores da transcriptase reversa análogos de núcleosídeos/nucleotídeos). A eficácia desta estratégia foi demonstrada em estudos clínicos e em coortes de vida real, principalmente na Europa e USA, com poucos dados da América Latina. Objetivo: Avaliar a eficácia na manutenção da supressão viral (SV) numa coorte de PVHA, sem teste prévio de resistência. Método: Coorte retrospectiva de PVHA acompanhadas no CRT-DST/AIDS-SP, em uso de TD baseado em Dolutegravir + Lamivudina por ≥ 48 semanas. Dados captutados de prontuário médico, SICLOM, SISCEL e inseridos na plataforma REDCAP. A análise foi realizada utilizando plataforma STATA 17.0 na população do estudo por intenção de tratar (ITT) e por protocolo (PP), excluindo óbitos e perdas de seguimento. Resultados: De 7.000 PVHA, 919 eram elegíveis, tempo médio de TD de 26,2 meses. 82,9% (757)-homens cisgêneros, 69,3% (637)-raça branca, idade 50,8 anos. Tempo médio de infecção pelo HIV de 11,8 anos, de exposição aos ARV 9,1 anos e regimes ARVs prévios 2. Os principais motivos para TD foram: simplificação 29,9%, comorbidade/toxicidade renal 21,8% e óssea 21,7%. Desfechos da TD: 872 PVHA mantidos em TD, 15 mortes, 13 perdas de seguimento e 19 mudanças de terapia, sendo 7 eventos adversos, 3 erros de indicação, 2 decisões médicas e 7 desfechos virológicos (6 falhas virológicas (FV) em pacientes multi-experimentados e 1 blip). As taxas de manutenção da TD no período do estudo nas populações ITT e PP foram de 94,9% e 97,8%, respectivamente. A taxa de FV na população PP foi de 0,7%. Na análise de Kaplan-Meier e Cox, variáveis independentemente associadas à manutenção da TD foram sexo ao nascer (p = 0,008), idade (p < 0,001), raça (p = 0,006). Maior risco de descontinuação da TD: genêro masculino (p = 0,010), raça negra/parda (p = 0,002/ p = 0,006) e motivo da indicação de TD ser simplificação (p = 0,024). Idosos foram relacionados a maiores taxas de manutenção de TD. O tempo de exposição aos ARVs não foi relacionado à manutenção de TD nas duas análises. Conclusão: O estudo fornece evidências reais que apoiam o uso da TD no Brasil, com alta taxa de manutenção da SV(97,8%), baixa taxa de FV(0,7%), tornando-a uma opção segura mesmo para PVHA sob tratamento antirretroviral há muito tempo. |
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| ISSN: | 1413-8670 |