“Tudo lindo e maravilhoso”: vulnerabilidade e bem-estar na agrossilvicultura camponesa na fronteira agrícola da Amazônia

Resumo Este estudo analisa o bem-estar humano como serviço ecossistêmico gerado pela adoção da agricultura de base agroflorestal por camponeses da fronteira agrícola da Amazônia brasileira. Intitula-se “Tudo lindo e maravilhoso” para visibilizar a história de um precursor da iniciativa na região, S...

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Main Authors: Marla Weihs, Joine Carieli Evangelista do Vale, Alexandre de Azevedo Olival, Edgley Pereira da Silva
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural 2025-06-01
Series:Revista de Economia e Sociologia Rural
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20032025000100239&lng=pt&tlng=pt
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Summary:Resumo Este estudo analisa o bem-estar humano como serviço ecossistêmico gerado pela adoção da agricultura de base agroflorestal por camponeses da fronteira agrícola da Amazônia brasileira. Intitula-se “Tudo lindo e maravilhoso” para visibilizar a história de um precursor da iniciativa na região, Seu Moacir, cuja vida foi precocemente interrompida em março de 2021, pela Covid-19. Objetivamos compreender como a agrossilvicultura atua como estratégia de resistência e fortalecimento do bem-estar das famílias camponesas em um território pressionado pela expansão da agricultura industrial hegemônica. A coleta de dados agregou a captura de imagens de satélites e fotos aéreas em dois períodos (2008 e 2018), que serviram de base para a realização de 10 entrevistas semiestruturadas com camponeses de seis municípios. Os resultados demonstram que, em contexto de vulnerabilidades socioeconômicas, as famílias camponesas encontram apoio na prática da agrossilvicultura e nas redes de apoio mútuo que se formam em torno dela para melhorar seu bem-estar material e promover sua segurança alimentar e saúde, os quais produzem reflexos diretos na autonomia das famílias. O movimento articula e estrutura estratégias de enfrentamento das incertezas e ameaças que essas comunidades enfrentam nessa fronteira agrícola, com especial participação da mulher camponesa nesse processo.
ISSN:1806-9479