Quilombos: da história de resistência ao direito de existir

A escravidão no Brasil constituiu um sistema de opressão que deixou marcas profundas na população negra, cujas consequências persistem na forma de desigualdades sociais e econômicas. Esse regime foi sustentado por ideologias racistas que justificavam a exploração e influenciaram a estruturação da s...

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Main Authors: Tânia Valéria Luz de Sousa, Willyane de Andrade Alvarenga
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí 2025-06-01
Series:Cadernos Cajuína
Subjects:
Online Access:https://v3.cadernoscajuina.pro.br/index.php/revista/article/view/985
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Willyane de Andrade Alvarenga
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description A escravidão no Brasil constituiu um sistema de opressão que deixou marcas profundas na população negra, cujas consequências persistem na forma de desigualdades sociais e econômicas. Esse regime foi sustentado por ideologias racistas que justificavam a exploração e influenciaram a estruturação da sociedade brasileira, desde o período colonial até a era industrial. A abolição em 1888, embora um marco legal, não foi acompanhada de medidas efetivas de inclusão social, perpetuando a marginalização da população negra. Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a resistência quilombola como forma de enfrentamento ao sistema escravista, desde suas origens históricas até os desafios contemporâneos. Busca-se compreender os processos de formação dos quilombos, suas estratégias de organização e sobrevivência, bem como as lutas atuais por reconhecimento e direitos territoriais. A metodologia utilizada consiste em pesquisa bibliográfica, fundamentada em autores como Ianni (1978), Moura (2020, 2021, 2022), Carneiro (1958), Munanga (1996), Nascimento (2019) e Torres (2021), além da análise de documentos oficiais brasileiros, legislações pertinentes e dados sobre comunidades quilombolas. Os resultados demonstram que os quilombos representaram uma forma organizada de resistência, adaptando estruturas sociais e políticas ao contexto brasileiro. Conclui-se que a trajetória de resistência quilombola, tanto no passado quanto no presente, evidencia a necessidade urgente de políticas públicas eficazes que garantam direitos territoriais, combatam o racismo estrutural e promovam a equidade social, assegurando assim a preservação cultural e o desenvolvimento sustentável dessas comunidades.
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