Quem cala, consente? Um estudo com trabalhadores terceirizados em uma Universidade Pública

Este trabalho objetiva explorar o consentimento organizacional em trabalhadores terceirizados numa instituição federal de ensino superior. Para tanto, buscou-se compreender se o vínculo é, de fato, reflexo do comportamento humano dentro da organização ou confunde-se como estratégia de sobrevivência...

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Main Authors: Adolfo de Alencar Melo Júnior, Diogo Henrique Helal, Síria Freire de Paula
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2025-01-01
Series:Revista Gestão Universitária na América Latina
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/gual/article/view/98639
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author Adolfo de Alencar Melo Júnior
Diogo Henrique Helal
Síria Freire de Paula
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description Este trabalho objetiva explorar o consentimento organizacional em trabalhadores terceirizados numa instituição federal de ensino superior. Para tanto, buscou-se compreender se o vínculo é, de fato, reflexo do comportamento humano dentro da organização ou confunde-se como estratégia de sobrevivência desses atores ante o cenário econômico de incertezas e precariedade. Por terem um duplo vínculo empregatício – com a empresa contratante e com a empresa contratada, questões ligadas aos vínculos organizacionais merecem maior atenção, destacando-se o consentimento organizacional, interesse deste artigo. De abordagem qualitativa, a pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados por meio de Análise de Conteúdo associada à Análise Lexicométrica com o auxílio do software IRaMuTeQ, deixando evidente que a aceitação da regra (ou norma) se dá apenas enquanto norteadora da atividade. A submissão inerente ao consentimento não se mostra entre os participantes da pesquisa e, para a amostra utilizada, não se acredita ser possível falar em consentimento, ao menos nos termos do construto aceitos até aqui. A partir dos dados levantados pode-se depreender que quem cala não está consentindo, mas apenas se mantendo empregado diante da insegurança inerente à função produtiva que ocupa. De maneira geral, os trabalhadores entrevistados entendem que a obediência às regras e, por conseguinte, a quem as ordena, é uma salvaguarda ao seu emprego.
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publishDate 2025-01-01
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