“YOU AIN’T WHITE. ARE THEY WHITE?”: O “BRANCO VERDADEIRO” EM BACURAU (E NO BRASIL)

Resumo Neste artigo, discutimos a noção de “branco verdadeiro” e as hierarquias intrarraciais da branquitude, considerando a constituição histórica das categorias raciais brasileiras. Alicerçada na ideologia do embranquecimento vigente no Brasil, a noção de “branco verdadeiro” encontra-se tanto em t...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Amana Rocha Mattos, Lia Vainer Schucman
Format: Article
Language:Spanish
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2025-02-01
Series:Psicologia & Sociedade
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822024000100330&lng=pt&tlng=pt
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Resumo Neste artigo, discutimos a noção de “branco verdadeiro” e as hierarquias intrarraciais da branquitude, considerando a constituição histórica das categorias raciais brasileiras. Alicerçada na ideologia do embranquecimento vigente no Brasil, a noção de “branco verdadeiro” encontra-se tanto em teorizações acadêmicas quanto em expressões midiáticas e artísticas, mesmo naquelas que se destacam pela crítica social. Tomamos como analisador uma cena do filme Bacurau para pensar as narrativas da branquitude sobre ser branco/a no Brasil, assim como postagens em redes sociais, articulando-as com o mito da democracia racial e a ideia de miscigenação que vigora no país – inclusive em setores progressistas. Como resultado, indicamos que um dos problemas da suposição de que no Brasil não haveria brancos/as “verdadeiros” é contribuir para a desresponsabilização da população branca em relação à desigualdade racial e pode colocar em descrédito as discussões sobre a redistribuição antirracista de recursos e oportunidades no Brasil.
ISSN:1807-0310