Prolepse
Este trabalho visa analisar o funcionamento referencial e discursivo das formas de futuro do indicativo, presente do indicativo, futuro do conjuntivo e da construção perifrástica haver de + infinitivo no texto narrativo Memorial do Convento e procura confirmar a hipótese de que estas formas verbais...
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| Main Author: | |
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| Format: | Article |
| Language: | deu |
| Published: |
University of Ljubljana Press (Založba Univerze v Ljubljani)
2024-12-01
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| Series: | Linguistica |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://journals.uni-lj.si/linguistica/article/view/22547 |
| Tags: |
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| Summary: | Este trabalho visa analisar o funcionamento referencial e discursivo das formas de futuro do indicativo, presente do indicativo, futuro do conjuntivo e da construção perifrástica haver de + infinitivo no texto narrativo Memorial do Convento e procura confirmar a hipótese de que estas formas verbais, em português europeu, podem, para além das suas diversas funções referenciais, ou seja, temporais e modais, desempenhar alguns papéis discursivos que contribuem para a criação de um tempo discursivo autónomo, inclusive marcando a estratégia narrativa de prolepse, ou seja, o mecanismo narrativo que consiste em contar ou evocar de antemão um acontecimento ulterior. Ainda se queria mostrar, neste trabalho, que os acontecimentos narrados e marcados pelas formas do futuro, são realizados fora do foco narrativo, ou seja, fora da ação principal da narrativa. Assim, a análise confirma também a hipótese de que a prolepse, marcada pelo futuro do indicativo, presente do indicativo, futuro do conjuntivo e a perífrase verbal haver de + infinitivo, é uma estratégia narrativa que permite a construção de uma outra perspetiva – a perspetiva do narrador – em detrimento da perspetiva veiculada pela personagem da narrativa.
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| ISSN: | 0024-3922 2350-420X |