Panorama da implementação da CID-11 no Brasil

O Brasil iniciou, em 2021, a implementação da 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), com término previsto para 2027. A CID-11 representa um salto tecnológico e conceitual que oferece novas oportunidades de análise epidemiológica e de gestão da saúde, porém impõe desafios de...

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Main Authors: Ana Carolina Aires CerqueiraPrata, Silvia von Tiesenhausen de Sousa-Carmo, Maria Cristina Horta Vilar, Yluska Myrna Meneses Brandão e Mendes, Heloisa Brunow Ventura Di Nubila, Dácio Lyra Rabello Neto, Letícia de Oliveira Cardoso, Juan José Cortez Escalante
Format: Article
Language:English
Published: Pan American Health Organization 2025-05-01
Series:Revista Panamericana de Salud Pública
Subjects:
Online Access:https://iris.paho.org/handle/10665.2/66677
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Description
Summary:O Brasil iniciou, em 2021, a implementação da 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), com término previsto para 2027. A CID-11 representa um salto tecnológico e conceitual que oferece novas oportunidades de análise epidemiológica e de gestão da saúde, porém impõe desafios de interoperabilidade e de preservação das séries históricas que tornam mais complexa a sua implementação. Considerando a grande extensão territorial do Brasil e a existência de sistemas de informação em saúde consolidados, a implementação no país será escalonada, tendo cinco eixos prioritários: publicação, tradução e uso da CID-11 no Brasil; infraestrutura de tecnologia da informação; comparabilidade e qualidade dos dados; desenvolvimento de capacidades; e promoção e disseminação. O presente artigo tem como objetivo apresentar o panorama atual do processo de implantação da CID-11, as etapas já realizadas e as perspectivas futuras. A implementação segue as diretrizes do Guia de Implementação da Organização Mundial da Saúde e a Nota Técnica nº 91/2024 do Ministério da Saúde do Brasil, que aborda procedimentos como a atualização dos sistemas de informação em saúde e áreas de atenção, considerando a diversidade das realidades regionais do país e a magnitude da mudança nas classificações internacionais, com objetivo de garantir segurança e efetividade, com preservação das séries temporais e agilidade para adaptações. O processo representa mais um marco na saúde pública nacional, ao mesmo tempo em que moderniza e aprimora os sistemas de informação de estatísticas vitais, consolidando o papel do Brasil no avanço da saúde pública global.
ISSN:1020-4989
1680-5348