Ocorrência de Infecção do Trato Urinário em Pacientes após Transplante Renal

Introdução:  A Sociedade Brasileira de Nefrologia estimou que cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil tinham doença renal crônica em 2019. Em 2022, 5.303 transplantes renais foram realizados no país, destacando-se o município de Juiz de Fora como um dos maiores centros de referência em transplante...

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Main Authors: Elisa Camila de Souza e Silva, Sibely de Paula Guilherme, Cristina Nantes Miranda, André Luiz Silva Alvim, Gustavo Fernandes Ferreira, Thiago Cesar Nascimento, Ana Paula Machado da Rocha
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos 2025-02-01
Series:Brazilian Journal of Transplantation
Subjects:
Online Access:https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/649
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Description
Summary:Introdução:  A Sociedade Brasileira de Nefrologia estimou que cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil tinham doença renal crônica em 2019. Em 2022, 5.303 transplantes renais foram realizados no país, destacando-se o município de Juiz de Fora como um dos maiores centros de referência em transplantes renais. Objetivos:  O objetivo deste trabalho é avaliar a ocorrência de infecções no trato urinário de pacientes pós-transplante, bem como o tipo de infecção. Métodos:  Trata-se de estudo transversal, quantitativo e retrospectivo, no qual dados dos prontuários dos pacientes que realizaram transplante renal de 2019 a 2022 foram analisados. Resultados:  Do total de 537 transplantes renais realizados nesse período, foram observadas 64 infecções do trato urinário associadas ao cateter vesical nos primeiros 30 dias pós-transplante, com maior incidência nos primeiros 5 dias. A maior parte dos microrganismos observados pertence à microbiota humana, indicando que a causa pode estar relacionada ao cateterismo, ao ambiente hospitalar ou ao próprio paciente. As infecções são causadas por bactérias resistentes aos antibióticos trimetoprima e sulfametoxazol, como Escherichia coli, Klebsiella sp. e Serratia sp. Conclusão:  O trabalho aponta que é necessário melhorar a manipulação dos pacientes e materiais, visando reduzir as infecções, principalmente em função do alto grau de resistência a antibióticos dos microrganismos observados.
ISSN:2764-1589