A ilha desaparecida Vulcanismo nas páginas dos jornais fluminenses

RESUMO Em meados de 1831, Ferdinandea, como foi batizada pelos sicilianos, surgiu no Mar Mediterrâneo, entre a Sicília e a Tunísia. Em junho, terremotos foram sentidos na região e, no começo de julho, pescadores observaram estranha mortandade de peixes no mar e outros sinais incomuns. Em algum momen...

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Main Author: ANITA CORREIA LIMA DE ALMEIDA
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2025-01-01
Series:Varia História
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752024000101218&lng=pt&tlng=pt
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Summary:RESUMO Em meados de 1831, Ferdinandea, como foi batizada pelos sicilianos, surgiu no Mar Mediterrâneo, entre a Sicília e a Tunísia. Em junho, terremotos foram sentidos na região e, no começo de julho, pescadores observaram estranha mortandade de peixes no mar e outros sinais incomuns. Em algum momento adiante, a ilha vulcânica emergiu das águas. Pelos cinco meses seguintes, o fenômeno atrairá a atenção do mundo. O novo espaço de terra, situado num ponto estratégico para a navegação, será rapidamente reivindicado tanto pelos britânicos como pelo reino das Duas Sicílias, e ainda despertará o interesse dos franceses. No entanto, enquanto expedições científicas eram enviadas ao local e as disputas prosseguiam, a ilha desapareceu. O frágil material vulcânico de que era formada tinha sido vítima da erosão marinha e, no final daquele ano, já não havia mais nada para ser visto acima do nível do mar. O artigo busca examinar como as notícias sobre o breve surgimento da ilha – que a imprensa ajudou a transformar num evento espetacular – alcançaram as páginas dos jornais no Rio de Janeiro oitocentista.
ISSN:1982-4343