Interseccionalidade da Estrutura Social das Metrópoles Brasileiras: Mudanças e Permanências em Quatro Décadas

Resumo Este artigo aborda a evolução da estrutura social das metrópoles brasileiras sob a perspectiva da interseccionalidade, entre 1982 e 2022, analisando, de forma integrada, as dimensões de classe, raça e sexo. Para a aproximação da dimensão de classe utilizou-se as categorias sócio-ocupacionais...

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Main Authors: Marcelo Gomes Ribeiro, Paula Guedes Martins Ferreira, Bianca Borges da Silva Leandro
Format: Article
Language:English
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2025-07-01
Series:Dados: Revista de Ciências Sociais
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0011-52582025000300212&lng=pt&tlng=pt
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Summary:Resumo Este artigo aborda a evolução da estrutura social das metrópoles brasileiras sob a perspectiva da interseccionalidade, entre 1982 e 2022, analisando, de forma integrada, as dimensões de classe, raça e sexo. Para a aproximação da dimensão de classe utilizou-se as categorias sócio-ocupacionais do Observatório das Metrópoles, conjugadas com os dados raciais e de sexo disponíveis nos levantamentos domiciliares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados permitem afirmar que, apesar da ampliação de posições sociais mais elevadas para as mulheres, especialmente, e para as pessoas negras, de modo mais tímido, a parte superior da estrutura social das metrópoles brasileiras continua marcada pelas desigualdades de classe entre brancos e negros. Na parte inferior, todavia, a estrutura social continua expressando desigualdades entre homens e mulheres e entre brancos e negros. O estudo também evidencia a importância da análise interseccional em estudos populacionais a fim de se identificar diferentes situações de desvantagens e desigualdades sociais no Brasil.
ISSN:1678-4588