E a Covid-19 na Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango?

Em meio ao período da pandemia ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2 durante o ano de 2020 no contexto brasileiro, e refletindo sobre as possibilidades de dar continuidade às análises do campo antropológico paralisadas por esse momento atípico, se fez necessário utilizar novos/outros meios e métodos que...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Aisha Diéne
Format: Article
Language:English
Published: University of Brasília 2021-11-01
Series:Pós
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/40952
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
_version_ 1832591324472147968
author Aisha Diéne
author_facet Aisha Diéne
author_sort Aisha Diéne
collection DOAJ
description Em meio ao período da pandemia ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2 durante o ano de 2020 no contexto brasileiro, e refletindo sobre as possibilidades de dar continuidade às análises do campo antropológico paralisadas por esse momento atípico, se fez necessário utilizar novos/outros meios e métodos que respeitassem a tradição e as formas de vivência do candomblé, considerando o afastamento físico imposto. Para essas tradições, que se perpetuam e se mantêm através da oralidade, a palavra falada tem Ngunzo/Axé/Energia (DIÉNE, 2020). Assim, compreendendo que o conhecimento e a troca para os povos de terreiro de candomblé são adquiridos através da vivência, expus à Makota Kidoialê – nossa entrevistada e porta-voz da comunidade remanescente de quilombo Manzo Ngunzo Kaiango – a congelante situação a que fomos condicionados e a necessidade de continuar a pesquisa. Então, sugeri-lhe a possibilidade de fazermos algumas entrevistas em formato de perguntas escritas e/ou áudio para o acompanhamento desse período, o que foi gentilmente aceito por ela. A pandemia modificou, entre diversas coisas, a dinâmica no uso coletivo dos espaços, tão intrínseco ao modo de vida desses povos. Diante disso, esse diálogo perspectiva demonstrar que, para além do uso das máscaras, as técnicas de prevenção e de sobrevivência à Covid-19, diante das mudanças na rotina de convívio socioespacial e de dinâmicas ritualísticas e econômicas da comunidade, variam em cada terreiro, pois além da medicina ancestral intrínseca a todos eles, também possuem diversas maneiras de se reinventarem diante das necessidades, adversidades e violências rotineiramente vivenciadas por esses povos.
format Article
id doaj-art-ba6fbeccb2664d429f01555c6fa07c49
institution Kabale University
issn 2317-0344
language English
publishDate 2021-11-01
publisher University of Brasília
record_format Article
series Pós
spelling doaj-art-ba6fbeccb2664d429f01555c6fa07c492025-01-22T13:36:13ZengUniversity of BrasíliaPós2317-03442021-11-01162E a Covid-19 na Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango?Aisha Diéne Em meio ao período da pandemia ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2 durante o ano de 2020 no contexto brasileiro, e refletindo sobre as possibilidades de dar continuidade às análises do campo antropológico paralisadas por esse momento atípico, se fez necessário utilizar novos/outros meios e métodos que respeitassem a tradição e as formas de vivência do candomblé, considerando o afastamento físico imposto. Para essas tradições, que se perpetuam e se mantêm através da oralidade, a palavra falada tem Ngunzo/Axé/Energia (DIÉNE, 2020). Assim, compreendendo que o conhecimento e a troca para os povos de terreiro de candomblé são adquiridos através da vivência, expus à Makota Kidoialê – nossa entrevistada e porta-voz da comunidade remanescente de quilombo Manzo Ngunzo Kaiango – a congelante situação a que fomos condicionados e a necessidade de continuar a pesquisa. Então, sugeri-lhe a possibilidade de fazermos algumas entrevistas em formato de perguntas escritas e/ou áudio para o acompanhamento desse período, o que foi gentilmente aceito por ela. A pandemia modificou, entre diversas coisas, a dinâmica no uso coletivo dos espaços, tão intrínseco ao modo de vida desses povos. Diante disso, esse diálogo perspectiva demonstrar que, para além do uso das máscaras, as técnicas de prevenção e de sobrevivência à Covid-19, diante das mudanças na rotina de convívio socioespacial e de dinâmicas ritualísticas e econômicas da comunidade, variam em cada terreiro, pois além da medicina ancestral intrínseca a todos eles, também possuem diversas maneiras de se reinventarem diante das necessidades, adversidades e violências rotineiramente vivenciadas por esses povos. https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/40952Covid-19, Pandemia, Candomblé, Impactos Mudanças na rotina.
spellingShingle Aisha Diéne
E a Covid-19 na Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango?
Pós
Covid-19, Pandemia, Candomblé, Impactos Mudanças na rotina.
title E a Covid-19 na Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango?
title_full E a Covid-19 na Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango?
title_fullStr E a Covid-19 na Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango?
title_full_unstemmed E a Covid-19 na Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango?
title_short E a Covid-19 na Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango?
title_sort e a covid 19 na comunidade manzo ngunzo kaiango
topic Covid-19, Pandemia, Candomblé, Impactos Mudanças na rotina.
url https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/40952
work_keys_str_mv AT aishadiene eacovid19nacomunidademanzongunzokaiango