Um atendente ou uma ferramenta? A produção do Chatbot como um dispositivo moral

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o processo de criação de chatbots, interfaces comunicacionais que utilizam linguagem natural, analisados pela perspectiva da sociologia da crítica (Boltanski e Thévenot, 2020; 1999) e da sociologia econômica (Muniesa e Callon, 2007). O estudo...

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Main Author: Olga Christina de Oliveira Zunino
Format: Article
Language:Gujarati
Published: Aline de Amorim C. Viana 2024-12-01
Series:Estudos de Sociologia
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/revsocio/article/view/263941/48652
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description Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o processo de criação de chatbots, interfaces comunicacionais que utilizam linguagem natural, analisados pela perspectiva da sociologia da crítica (Boltanski e Thévenot, 2020; 1999) e da sociologia econômica (Muniesa e Callon, 2007). O estudo utilizou entrevistas semiestruturadas compreensivas (Kaufmann, 2013) com profissionais envolvidos na produção de tais ferramentas, visando entender como eles percebem e incorporam as dinâmicas comerciais digitais na ferramenta. Os resultados revelam que esses profissionais, divididos entre backends e frontends, desenvolvem uma compreensão do usuário e justificam suas abordagens com base em diferentes visões sobre a interação comercial entre um chatbot e um usuário, que a pesquisa identifica como distintas metafísicas morais: a cité industrial, a cité inspirada e a cité de renome (Boltanski e Thévenot, 2020). Assim, o chatbot se torna um reflexo da interação digital entre usuário e máquina, ajustado pelos acordos entre especialistas e a empresa contratante sobre o propósito da tecnologia em contextos específicos, exemplificado nos casos dos chatbots Lu e BIA. Dessa maneira, o chatbot opera como um dispositivo de mercado capaz de transformar a dinâmica de consumo e a percepção da imagem da empresa.
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institution Kabale University
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2317-5427
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publishDate 2024-12-01
publisher Aline de Amorim C. Viana
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