Deficiência, interseccionalidade e suas inflexões teóricas: outras perspectivas para a pesquisa educacional e desafios à educação inclusiva

Este artigo analisa os limites e discute as possibilidades de a ferramenta analítica da interseccionalidade e de teorias queer e CRIP minimizarem os efeitos  éticos da “indignidade de falar pelo outro”, presentes tanto em parte das pesquisas sobre a deficiência quanto na elaboração das políticas pú...

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Bibliographic Details
Main Author: Pedro Angelo Pagni
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade do Oeste de Santa Catarina 2024-12-01
Series:Roteiro
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/35462
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Description
Summary:Este artigo analisa os limites e discute as possibilidades de a ferramenta analítica da interseccionalidade e de teorias queer e CRIP minimizarem os efeitos  éticos da “indignidade de falar pelo outro”, presentes tanto em parte das pesquisas sobre a deficiência quanto na elaboração das políticas públicas e na efetuação da educação inclusiva. Com tal análise, discussão e circunscrição a essas referências teóricas, objetiva-se ampliar a compreensão sobre a deficiência corrente na apropriação de seu modelo social pelas pesquisas educacionais e situá-la junto a outros marcadores sociais das diferenças, considerando sua singularidade e os desafios que esse outro olhar traz para a educação inclusiva. Para tanto, será problematizado o referido modelo, a partir dos efeitos éticos enunciados pelos filósofos da diferença e, mediante as variações do desenvolvimento da analítica do poder da ferramenta analítica e das teorias circunscritas, serão discutidos os seus limites e possibilidades para o alcance dos objetivos propostos. Pretende-se assinalar, com isso, a radicalidade da interseccionalidade e das teorias que a interseccionaram, a fim de fazer ouvir a voz desse outro, indicando um dos caminhos possíveis, quer para as pesquisas sobre o tema, quer para a educação inclusiva.
ISSN:0104-4311
2177-6059