Fernando Pessoa: a vida como fingimento, a palavra como performance

Este ensaio tem como premissa, a partir de Maurice Blanchot, a potência da palavra literária não como meio tão somente, mas como uma realidade fundada em si. Nesse sentido, aproximo as noções de heteronímia e performance ao propor uma chave de leitura que interpreta a poética pessoana como percurso...

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Bibliographic Details
Main Author: Ricardo Augusto de Lima
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2024-12-01
Series:Texto Digital
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/textodigital/article/view/102797
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Description
Summary:Este ensaio tem como premissa, a partir de Maurice Blanchot, a potência da palavra literária não como meio tão somente, mas como uma realidade fundada em si. Nesse sentido, aproximo as noções de heteronímia e performance ao propor uma chave de leitura que interpreta a poética pessoana como percursora  de uma prática de performatividade no âmbito da poesia anterior ao seu aparecimento no teatro, que ultrapassa a teatralidade existentes na lírica portuguesa desde o medievo. Na poética de Fernando Pessoa, constata-se uma “fábrica de mitos do escritor”, mitos que estou entendendo aqui como realidades criadas a partir da palavra e da ficção. Para tanto, proponho o diálogo com quatro nomes principais: Paul Zumthor, Josette Féral, Erika Fischer-Lichte e Diana Klinger, autor e autoras que se debruçaram sobre o conceito de performance em linguagens diferentes, mas sempre levando em conta esse outro mundo criado no instante das diferentes ações performartivas.
ISSN:1807-9288