Etnoictiologia de pescadores artesanais do Estuário do Rio Mamanguape, Paraí­­ba, Brasil

Este trabalho foi desenvolvido com duas comunidades de pescadores artesanais: Barra de Mamanguape e Tramataia, localizadas í­Â s margens do estuário do rio Mamanguape (ERM), litoral norte do Estado da Paraí­­ba. Os pescadores têm uma compreensão própria do "modo de vida†dos peixes de seu...

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Main Authors: José Mourão, Nivaldo Nordi
Format: Article
Language:English
Published: Instituto de Pesca 2018-07-01
Series:Boletim do Instituto de Pesca
Subjects:
Online Access:https://institutodepesca.org/index.php/bip/article/view/254
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Description
Summary:Este trabalho foi desenvolvido com duas comunidades de pescadores artesanais: Barra de Mamanguape e Tramataia, localizadas í­Â s margens do estuário do rio Mamanguape (ERM), litoral norte do Estado da Paraí­­ba. Os pescadores têm uma compreensão própria do "modo de vida†dos peixes de seu universo ictí­­ico. Tal compreensão se traduz num conhecimento, muitas vezes detalhado, sobre o comportamento reprodutivo, migratório, de defesa e alimentar de peixes estuarinos, o qual estes estudos procuraram resgatar. Os procedimentos metodológicos compreenderam a aplicação de entrevistas livres e questionários a pescadores experientes. Os resultados evidenciam categorizações tróficas do tipo: "peixes que comem de tudo†(omní­­voros), "peixes que comem o que encontram pela frente†(oportunistas), "peixes que se alimentam de crustáceos†(carní­­voros), "peixes que bebem espuma†(planctófagos), "peixes que comem lama e lodo†(iliófagos) e "peixes que se alimentam de peixes†(piscí­­voros). Outras categorias comportamentais foram mencionadas pelos pescadores: peixes que formam "mantas†(cardumes), peixes que "fazem zoada†(emitem sons), peixes "que pulam†(saltadores), peixes que "chocam na boca†(incubação oral), peixes" bravos, fortes e fracos" peixes que têm "cheiro†e peixes que "regurgitamâ€Â. Os dados obtidos neste trabalho fornecem informações sobre o estado atual da cultura pesqueira das comunidades estudadas e sugerem a importí­¢ncia de mantê-la preservada.
ISSN:1678-2305