O museu como sistema aberto três reflexões

Muitos museus revelam uma aparência demasiado «cinzenta», snob e «sisuda». Fechados sobre si próprios, cultivam a erudição no pior sentido que o termo também comporta e esquecem as múltiplas variáveis e entidades que sobre eles (e deles) recebem influência. Ignoram que prestam serviços a públicos co...

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Bibliographic Details
Main Author: Arménio Rego
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Gestão e das Organizações da Saúde 1999-01-01
Series:Gestão e Desenvolvimento
Online Access:https://revistas.ucp.pt/index.php/gestaoedesenvolvimento/article/view/675
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Description
Summary:Muitos museus revelam uma aparência demasiado «cinzenta», snob e «sisuda». Fechados sobre si próprios, cultivam a erudição no pior sentido que o termo também comporta e esquecem as múltiplas variáveis e entidades que sobre eles (e deles) recebem influência. Ignoram que prestam serviços a públicos com diferentes necessidades, e que, como tal, devem usar estratégias diferenciadas para esses diversos segmentos do seu «mercado». Menosprezam o facto de, como prestadores de serviços (culturais, de lazer, de investigação, de entretenimento...), concorrerem com outras entidades, as quais lhes disputam os mesmos tipos de «clientes». Urge transformar estas instituições em sistemas abertos, que não vejam nessa heterogeneidade uma ameaça, mas sim uma oportunidade para promoverem o desenvolvimento cultural das populações, a defesa da memória colectiva da comunidade em que se inserem, a ocupação dos tempos livres, a satisfação das necessidades de quem neles se revê e quer estudar/ compreender.
ISSN:0872-556X
2184-5638