GESTÃO DEMOCRÁTICA UNIVERSITÁRIA: NOVAS FRATURAS, VELHAS FERIDAS
RESUMO: Nos últimos anos, a democracia universitária entrou na agenda dos debates nacionais, em vista das sucessivas intervenções nos sistemas eleitorais das Instituições Federais de Ensino Superior. Estima-se que 45% das universidades federais sofreram algum tipo de ingerência na escolha dos reitor...
Saved in:
| Main Authors: | , |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
Universidade Federal de Minas Gerais
2025-01-01
|
| Series: | Educação em Revista |
| Subjects: | |
| Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982024000100288&lng=pt&tlng=pt |
| Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
| _version_ | 1832592519585595392 |
|---|---|
| author | DANIEL CALBINO DANIELA ALVARES NERY |
| author_facet | DANIEL CALBINO DANIELA ALVARES NERY |
| author_sort | DANIEL CALBINO |
| collection | DOAJ |
| description | RESUMO: Nos últimos anos, a democracia universitária entrou na agenda dos debates nacionais, em vista das sucessivas intervenções nos sistemas eleitorais das Instituições Federais de Ensino Superior. Estima-se que 45% das universidades federais sofreram algum tipo de ingerência na escolha dos reitores, além de modificações legais em seus processos decisórios. Nesse cenário, marcado pelo enfraquecimento de princípios democráticos, o presente artigo teve por objetivo analisar os impactos das ingerências federais nas práticas de gestão democráticas das universidades federais, entre os anos de 2018 e 2022. Enquanto recorte metodológico, recorreu-se à unidade de análise de 11 universidades mineiras, acompanhadas de pesquisas documentais e questionários com 167 membros de conselhos universitários. Os resultados apontaram que as intervenções, via medidas provisórias e notas técnicas, revogaram práticas democráticas institucionalizadas, como a paridades nas votações internas em universidades. Por outro lado, ainda que a maioria dos conselheiros universitários refutassem a discricionariedade federal para a escolha dos reitores, os discursos da supremacia docente emergiram quando da concordância com as mudanças que reduziram a participação dos discentes e servidores técnico-administrativos nos processos eleitorais. As conclusões apontam para a necessidade de se debater os limites das interferências recentes como também as contradições internas que atravessam historicamente as práticas das universidades, na busca por caminhos mais democráticos. |
| format | Article |
| id | doaj-art-a0d07296059c4296a57593bf5dd2260b |
| institution | Kabale University |
| issn | 1982-6621 |
| language | English |
| publishDate | 2025-01-01 |
| publisher | Universidade Federal de Minas Gerais |
| record_format | Article |
| series | Educação em Revista |
| spelling | doaj-art-a0d07296059c4296a57593bf5dd2260b2025-01-21T07:41:58ZengUniversidade Federal de Minas GeraisEducação em Revista1982-66212025-01-014010.1590/0102-469844813GESTÃO DEMOCRÁTICA UNIVERSITÁRIA: NOVAS FRATURAS, VELHAS FERIDASDANIEL CALBINOhttps://orcid.org/0000-0001-8260-6126DANIELA ALVARES NERYhttps://orcid.org/0000-0002-0791-0336RESUMO: Nos últimos anos, a democracia universitária entrou na agenda dos debates nacionais, em vista das sucessivas intervenções nos sistemas eleitorais das Instituições Federais de Ensino Superior. Estima-se que 45% das universidades federais sofreram algum tipo de ingerência na escolha dos reitores, além de modificações legais em seus processos decisórios. Nesse cenário, marcado pelo enfraquecimento de princípios democráticos, o presente artigo teve por objetivo analisar os impactos das ingerências federais nas práticas de gestão democráticas das universidades federais, entre os anos de 2018 e 2022. Enquanto recorte metodológico, recorreu-se à unidade de análise de 11 universidades mineiras, acompanhadas de pesquisas documentais e questionários com 167 membros de conselhos universitários. Os resultados apontaram que as intervenções, via medidas provisórias e notas técnicas, revogaram práticas democráticas institucionalizadas, como a paridades nas votações internas em universidades. Por outro lado, ainda que a maioria dos conselheiros universitários refutassem a discricionariedade federal para a escolha dos reitores, os discursos da supremacia docente emergiram quando da concordância com as mudanças que reduziram a participação dos discentes e servidores técnico-administrativos nos processos eleitorais. As conclusões apontam para a necessidade de se debater os limites das interferências recentes como também as contradições internas que atravessam historicamente as práticas das universidades, na busca por caminhos mais democráticos.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982024000100288&lng=pt&tlng=ptConselhos UniversitáriosGestão DemocráticaUniversidades Federais |
| spellingShingle | DANIEL CALBINO DANIELA ALVARES NERY GESTÃO DEMOCRÁTICA UNIVERSITÁRIA: NOVAS FRATURAS, VELHAS FERIDAS Educação em Revista Conselhos Universitários Gestão Democrática Universidades Federais |
| title | GESTÃO DEMOCRÁTICA UNIVERSITÁRIA: NOVAS FRATURAS, VELHAS FERIDAS |
| title_full | GESTÃO DEMOCRÁTICA UNIVERSITÁRIA: NOVAS FRATURAS, VELHAS FERIDAS |
| title_fullStr | GESTÃO DEMOCRÁTICA UNIVERSITÁRIA: NOVAS FRATURAS, VELHAS FERIDAS |
| title_full_unstemmed | GESTÃO DEMOCRÁTICA UNIVERSITÁRIA: NOVAS FRATURAS, VELHAS FERIDAS |
| title_short | GESTÃO DEMOCRÁTICA UNIVERSITÁRIA: NOVAS FRATURAS, VELHAS FERIDAS |
| title_sort | gestao democratica universitaria novas fraturas velhas feridas |
| topic | Conselhos Universitários Gestão Democrática Universidades Federais |
| url | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982024000100288&lng=pt&tlng=pt |
| work_keys_str_mv | AT danielcalbino gestaodemocraticauniversitarianovasfraturasvelhasferidas AT danielaalvaresnery gestaodemocraticauniversitarianovasfraturasvelhasferidas |