A análise sobre a encruza teórica do Reconhecimento e o Epistemicídio
Quando pensamos sobre a estrutura social e racial do Brasil precisamos entender como funciona a manutenção dos pilares que sustentam o racismo e suas facetas. Acessar espaços responsáveis por promover o acesso e mobilidade por meio da educação, por exemplo, não é reconhecido facilmente para pessoa...
Saved in:
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
University of Brasília
2024-12-01
|
Series: | Pós |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/54878 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
_version_ | 1832591313066786816 |
---|---|
author | Laís Moreira de Oliveira |
author_facet | Laís Moreira de Oliveira |
author_sort | Laís Moreira de Oliveira |
collection | DOAJ |
description |
Quando pensamos sobre a estrutura social e racial do Brasil precisamos entender como funciona a manutenção dos pilares que sustentam o racismo e suas facetas. Acessar espaços responsáveis por promover o acesso e mobilidade por meio da educação, por exemplo, não é reconhecido facilmente para pessoas pretas; esse não reconhecimento se configura como estratégia de manutenção dos padrões previamente estabelecidos para o perfil de ocupação desses e outros espaços dentro da sociedade. O colonialismo costurou com linhas grossas a ideia de uma cognição limitante para corpos pretos. Nutrindo o pensar de apequenamento das ideias e produções intelectuais de povos subalternizados. Não acessar espaços educativos e nem localizar pessoas não brancas como agente de produção de conhecimento é promover o apagamento intelectual dessas pessoas; é mais uma forma de morte. Mais uma ferramenta atualizada de poder em uma conjuntura de opressão racial, que monopoliza, historicamente, produções intelectuais privilegiando culturalmente um grupo em detrimento de outro. Em vista disso, esse material teórico busca tratar de assuntos como epistemicídio e teoria do reconhecimento a partir de um cruzamento de ideias entre as duas teorias, buscando entender como a relação de reconhecimento ou ausência dele colaboram para a existência do epistemicídio. Para sustentar a discussão em questão utilizarei de análises feitas por Boaventura de Sousa, Sueli Carneiro, Frantz Fanon e ainda Axel Honneth,Nancy Fraser e Pierre Bourdieu.
|
format | Article |
id | doaj-art-94bf5e7438004c529fdc0b8cf604b55f |
institution | Kabale University |
issn | 2317-0344 |
language | English |
publishDate | 2024-12-01 |
publisher | University of Brasília |
record_format | Article |
series | Pós |
spelling | doaj-art-94bf5e7438004c529fdc0b8cf604b55f2025-01-22T13:18:44ZengUniversity of BrasíliaPós2317-03442024-12-01192A análise sobre a encruza teórica do Reconhecimento e o EpistemicídioLaís Moreira de Oliveira0https://orcid.org/0009-0007-1792-4276UFRB Quando pensamos sobre a estrutura social e racial do Brasil precisamos entender como funciona a manutenção dos pilares que sustentam o racismo e suas facetas. Acessar espaços responsáveis por promover o acesso e mobilidade por meio da educação, por exemplo, não é reconhecido facilmente para pessoas pretas; esse não reconhecimento se configura como estratégia de manutenção dos padrões previamente estabelecidos para o perfil de ocupação desses e outros espaços dentro da sociedade. O colonialismo costurou com linhas grossas a ideia de uma cognição limitante para corpos pretos. Nutrindo o pensar de apequenamento das ideias e produções intelectuais de povos subalternizados. Não acessar espaços educativos e nem localizar pessoas não brancas como agente de produção de conhecimento é promover o apagamento intelectual dessas pessoas; é mais uma forma de morte. Mais uma ferramenta atualizada de poder em uma conjuntura de opressão racial, que monopoliza, historicamente, produções intelectuais privilegiando culturalmente um grupo em detrimento de outro. Em vista disso, esse material teórico busca tratar de assuntos como epistemicídio e teoria do reconhecimento a partir de um cruzamento de ideias entre as duas teorias, buscando entender como a relação de reconhecimento ou ausência dele colaboram para a existência do epistemicídio. Para sustentar a discussão em questão utilizarei de análises feitas por Boaventura de Sousa, Sueli Carneiro, Frantz Fanon e ainda Axel Honneth,Nancy Fraser e Pierre Bourdieu. https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/54878ApagamentoReconhecimentoEpistemicídioColonialismo |
spellingShingle | Laís Moreira de Oliveira A análise sobre a encruza teórica do Reconhecimento e o Epistemicídio Pós Apagamento Reconhecimento Epistemicídio Colonialismo |
title | A análise sobre a encruza teórica do Reconhecimento e o Epistemicídio |
title_full | A análise sobre a encruza teórica do Reconhecimento e o Epistemicídio |
title_fullStr | A análise sobre a encruza teórica do Reconhecimento e o Epistemicídio |
title_full_unstemmed | A análise sobre a encruza teórica do Reconhecimento e o Epistemicídio |
title_short | A análise sobre a encruza teórica do Reconhecimento e o Epistemicídio |
title_sort | analise sobre a encruza teorica do reconhecimento e o epistemicidio |
topic | Apagamento Reconhecimento Epistemicídio Colonialismo |
url | https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/54878 |
work_keys_str_mv | AT laismoreiradeoliveira aanalisesobreaencruzateoricadoreconhecimentoeoepistemicidio AT laismoreiradeoliveira analisesobreaencruzateoricadoreconhecimentoeoepistemicidio |