As quebras na abstração do domínio das águas
O artigo analisa a grande cheia do rio São Francisco, em 1979, e os seus efeitos políticos, na esteira da intervenção do Estado nessa bacia hidrográfica, por meio da construção de grandes usinas hidrelétricas, principalmente Três Marias (1961) e Sobradinho (1979). Desde meados do século XX, projeto...
Saved in:
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Sociedade Brasileira de História da Ciência
2025-02-01
|
Series: | Revista Brasileira de História da Ciência |
Subjects: | |
Online Access: | https://rbhciencia.emnuvens.com.br/revista/article/view/1005 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
_version_ | 1832542668495781888 |
---|---|
author | Ingrid Fonseca Casazza André Vasques Vital |
author_facet | Ingrid Fonseca Casazza André Vasques Vital |
author_sort | Ingrid Fonseca Casazza |
collection | DOAJ |
description |
O artigo analisa a grande cheia do rio São Francisco, em 1979, e os seus efeitos políticos, na esteira da intervenção do Estado nessa bacia hidrográfica, por meio da construção de grandes usinas hidrelétricas, principalmente Três Marias (1961) e Sobradinho (1979). Desde meados do século XX, projetos e intervenções do Estado ocorreram na bacia do rio São Francisco visando o desenvolvimento econômico e a inserção dessa região no sistema produtivo nacional e global. O chamado domínio das águas, ou seja, o controle do regime de cheias e vazantes, era visto como fundamental para o desenvolvimento da região. Desse modo, a construção de barragens e usinas hidrelétricas para a produção de energia elétrica, melhoria nas condições de navegabilidade do rio e desenvolvimento de projetos de irrigação tiveram prioridade. A presente análise é realizada por meio de relatórios oficiais, estudos científicos da época e artigos na imprensa, compreendendo o rio São Francisco como mais um agente no processo histórico. O artigo conclui que a abstração do domínio foi completamente frustrada pela cheia de 1979, a maior registrada no São Francisco até então, tendo como uma das principais consequências um aguçamento no sentido de imprevisibilidade e precariedade nas condições de controle das águas.
|
format | Article |
id | doaj-art-92bef37e152b4c38a6061eddef10926a |
institution | Kabale University |
issn | 1983-4713 2176-3275 |
language | English |
publishDate | 2025-02-01 |
publisher | Sociedade Brasileira de História da Ciência |
record_format | Article |
series | Revista Brasileira de História da Ciência |
spelling | doaj-art-92bef37e152b4c38a6061eddef10926a2025-02-03T19:55:46ZengSociedade Brasileira de História da CiênciaRevista Brasileira de História da Ciência1983-47132176-32752025-02-011810.53727/rbhc.v18i1.1005As quebras na abstração do domínio das águasIngrid Fonseca Casazza0André Vasques Vital1Casa de Oswaldo Cruz/FiocruzUniversidade Evangélica de Goiás O artigo analisa a grande cheia do rio São Francisco, em 1979, e os seus efeitos políticos, na esteira da intervenção do Estado nessa bacia hidrográfica, por meio da construção de grandes usinas hidrelétricas, principalmente Três Marias (1961) e Sobradinho (1979). Desde meados do século XX, projetos e intervenções do Estado ocorreram na bacia do rio São Francisco visando o desenvolvimento econômico e a inserção dessa região no sistema produtivo nacional e global. O chamado domínio das águas, ou seja, o controle do regime de cheias e vazantes, era visto como fundamental para o desenvolvimento da região. Desse modo, a construção de barragens e usinas hidrelétricas para a produção de energia elétrica, melhoria nas condições de navegabilidade do rio e desenvolvimento de projetos de irrigação tiveram prioridade. A presente análise é realizada por meio de relatórios oficiais, estudos científicos da época e artigos na imprensa, compreendendo o rio São Francisco como mais um agente no processo histórico. O artigo conclui que a abstração do domínio foi completamente frustrada pela cheia de 1979, a maior registrada no São Francisco até então, tendo como uma das principais consequências um aguçamento no sentido de imprevisibilidade e precariedade nas condições de controle das águas. https://rbhciencia.emnuvens.com.br/revista/article/view/1005Rio São FranciscoHidrelétrica de Três MariasHidrelétrica de SobradinhoGrande Cheia de 1979 |
spellingShingle | Ingrid Fonseca Casazza André Vasques Vital As quebras na abstração do domínio das águas Revista Brasileira de História da Ciência Rio São Francisco Hidrelétrica de Três Marias Hidrelétrica de Sobradinho Grande Cheia de 1979 |
title | As quebras na abstração do domínio das águas |
title_full | As quebras na abstração do domínio das águas |
title_fullStr | As quebras na abstração do domínio das águas |
title_full_unstemmed | As quebras na abstração do domínio das águas |
title_short | As quebras na abstração do domínio das águas |
title_sort | as quebras na abstracao do dominio das aguas |
topic | Rio São Francisco Hidrelétrica de Três Marias Hidrelétrica de Sobradinho Grande Cheia de 1979 |
url | https://rbhciencia.emnuvens.com.br/revista/article/view/1005 |
work_keys_str_mv | AT ingridfonsecacasazza asquebrasnaabstracaododominiodasaguas AT andrevasquesvital asquebrasnaabstracaododominiodasaguas |