ELEMENTOS PARA CRÍTICA À TESE DE INVENÇÃO DO NORDESTE
Desde a década de 1990 tem ganhado destaque a tese de que o Nordeste é uma invenção – uma produção imagético-discursiva – essa leitura foi elaborada pelo historiador Durval Muniz e está apresentada no seu livro “A Invenção do Nordeste e outras artes”. Ele parte de uma construção historiográfica fouc...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Viçosa
2019-09-01
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Series: | REVES - Revista Relações Sociais |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufv.br/reves/article/view/8604 |
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Summary: | Desde a década de 1990 tem ganhado destaque a tese de que o Nordeste é uma invenção – uma produção imagético-discursiva – essa leitura foi elaborada pelo historiador Durval Muniz e está apresentada no seu livro “A Invenção do Nordeste e outras artes”. Ele parte de uma construção historiográfica foucaultiana e propõe que, a partir do discurso, alguns movimentos político-culturais criaram a região Nordeste. Diante disso, nosso objetivo é produzir uma crítica radical a esta tese. Nos amparamos teórico-metodologicamente numa leitura materialista e dialética da história, propondo a “crítica” como método de apreensão do conhecimento de caráter político e social. Para isso consultamos amplo acervo bibliográfico, contemplando além da leitura detalhada do trabalho do Durval Muniz, os interlocutores dele, a saber: Gilberto Freyre e os romancistas da geração de 30. Como resultados, indicamos que há um conjunto de fragilidades na leitura de Durval Muniz, que tendem a homogeneização do espaço regional, desconsideração de leituras importantes sobre o Nordeste, especialmente no que se refere ao tema do desenvolvimento. |
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ISSN: | 2595-4490 |