A Conversa Como Caminho: A Vida e o Tempo Como Temas para a Medida Socioeducativa

Este trabalho foi escrito no âmbito do estágio doutoral realizado por uma das autoras em Portugal no percurso de produção da pesquisa conduzida no Brasil, cujo objeto foi o acesso às singularidades das experiências de jovens que receberam medida socioeducativa por cometimento de ato infracional. A p...

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Main Authors: Beatriz Saks Hahne, Rosa Soares Nunes
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 2024-12-01
Series:Estudos e Pesquisas em Psicologia
Subjects:
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/revispsi/article/view/83927
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Rosa Soares Nunes
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description Este trabalho foi escrito no âmbito do estágio doutoral realizado por uma das autoras em Portugal no percurso de produção da pesquisa conduzida no Brasil, cujo objeto foi o acesso às singularidades das experiências de jovens que receberam medida socioeducativa por cometimento de ato infracional. A partir das produções da pesquisa, discutimos a violência constituída no interior do contexto social que a produz como possibilidade e, para grande parte dos adolescentes brasileiros, um modo de sobrevivência. Debatemos como, idealizando alterar a personalidade do autor e querendo seu arrependimento, questões que contribuem para o ilícito são negligenciadas dentro da medida socioeducativa, escutando-se mais a infração do que aquilo que a teria ocasionado. O trabalho com histórias de vida mostra efeitos políticos e institucionais sobre as trajetórias de vida, sendo um deles a duração da medida socioeducativa de internação, produzida como indeterminada ao não ser tomada como tema junto aos adolescentes que a cumprem, de forma que permanece sendo pensada como questão individual, enfraquecendo as possibilidades de resistências. O objetivo deste artigo é colocar sob questão o dispositivo da conversa e o tempo como forma de controle sobre a vida, utilizando, para isso, narrativas construídas com adolescentes no Brasil e em Portugal.
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institution Kabale University
issn 1676-3041
1808-4281
language Portuguese
publishDate 2024-12-01
publisher Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
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series Estudos e Pesquisas em Psicologia
spelling doaj-art-88c96f25b4764bf683d1ea881d9671ce2025-01-28T10:07:40ZporUniversidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)Estudos e Pesquisas em Psicologia1676-30411808-42812024-12-012410.12957/epp.2024.8392771639A Conversa Como Caminho: A Vida e o Tempo Como Temas para a Medida SocioeducativaBeatriz Saks Hahne0https://orcid.org/0000-0001-9690-6058Rosa Soares Nunes1https://orcid.org/0000-0003-4269-2722Universidade Paulista, São Paulo, SP, BrasilUniversidade do Porto, Porto, PortugalEste trabalho foi escrito no âmbito do estágio doutoral realizado por uma das autoras em Portugal no percurso de produção da pesquisa conduzida no Brasil, cujo objeto foi o acesso às singularidades das experiências de jovens que receberam medida socioeducativa por cometimento de ato infracional. A partir das produções da pesquisa, discutimos a violência constituída no interior do contexto social que a produz como possibilidade e, para grande parte dos adolescentes brasileiros, um modo de sobrevivência. Debatemos como, idealizando alterar a personalidade do autor e querendo seu arrependimento, questões que contribuem para o ilícito são negligenciadas dentro da medida socioeducativa, escutando-se mais a infração do que aquilo que a teria ocasionado. O trabalho com histórias de vida mostra efeitos políticos e institucionais sobre as trajetórias de vida, sendo um deles a duração da medida socioeducativa de internação, produzida como indeterminada ao não ser tomada como tema junto aos adolescentes que a cumprem, de forma que permanece sendo pensada como questão individual, enfraquecendo as possibilidades de resistências. O objetivo deste artigo é colocar sob questão o dispositivo da conversa e o tempo como forma de controle sobre a vida, utilizando, para isso, narrativas construídas com adolescentes no Brasil e em Portugal.https://www.e-publicacoes.uerj.br/revispsi/article/view/83927medidas socioeducativasprivação da liberdadetempo indeterminadonarrativa
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