Óbitos por câncer de cabeça e pescoço segundo escolaridade no Rio de Janeiro, Brasil, 2010-2018

O objetivo foi avaliar as diferenças nas taxas de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço de acordo com a escolaridade, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, no período entre 2010 e 2018. Trata-se de um estudo ecológico que utilizou dados de câncer de cabeça e pescoço do Sistema de Informações sob...

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Main Authors: Debora Santos da Silva, Mirian Carvalho Souza, Jonas Eduardo Monteiro dos Santos, Lucas Melo Guimaraes, Geraldo Marcelo da Cunha
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 2025-03-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2025000201409&lng=pt&tlng=pt
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Summary:O objetivo foi avaliar as diferenças nas taxas de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço de acordo com a escolaridade, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, no período entre 2010 e 2018. Trata-se de um estudo ecológico que utilizou dados de câncer de cabeça e pescoço do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Foram comparadas as taxas de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço em indivíduos maiores de 40 anos, após a imputação da variável escolaridade. Foram gerados 20 bancos de dados imputados e para cada banco de dados imputados um modelo de regressão binomial negativa foi ajustado por idade, sexo, escolaridade, topografia do tumor, regiões geográficas imediatas e ano do óbito. A partir da combinação dos coeficientes dos 20 modelos ajustados, estimaram-se as taxas e as razões de taxas de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço. As taxas de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço foram mais altas entre homens com mais de 50 anos e menos de 8 anos de estudo, ultrapassando 40 mortes por 100 mil. Diferenças significativas foram observadas no câncer de orofaringe e cavidade oral, com mortalidade quatro vezes entre os menos escolarizados e cinco vezes entre homens em comparação às mulheres. Na região norte do estado, a mortalidade por câncer de cabeça e pescoço foi pelo menos oito vezes maior entre os menos escolarizados. Observou-se um maior risco de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço em indivíduos com baixa escolaridade, especialmente em homens acima de 50 anos e aqueles com residência no interior do estado. Esses resultados ressaltam a importância em considerar as desigualdades em saúde e implementar estratégias de prevenção para reduzir o impacto do câncer de cabeça e pescoço em grupos socialmente mais vulneráveis.
ISSN:1678-4464