Efeitos da medicalização na travessia adolescente
No presente artigo, buscaremos pensar os efeitos da hegemonia do atual discurso médico-científico sobre o processo da adolescência, a partir da apresentação e discussão do caso de um jovem de 17 anos que acompanhamos durante os anos de 2013 e 2014 através de um projeto de pesquisa-intervenção, dese...
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Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal do Ceará
2018-01-01
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Series: | Revista de Psicologia |
Online Access: | http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/20509 |
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Summary: | No presente artigo, buscaremos pensar os efeitos da hegemonia do atual discurso médico-científico sobre o processo da adolescência, a partir da apresentação e discussão do caso de um jovem de 17 anos que acompanhamos durante os anos de 2013 e 2014 através de um projeto de pesquisa-intervenção, desenvolvido em ambulatório de saúde mental infanto-juvenil da cidade do Rio de Janeiro. Como veremos, desde os 8 anos, este jovem passou a ser encaminhado pela escola a diversos serviços de saúde mental com queixas de dificuldade de aprendizagem e agitação no ambiente escolar. Inserido, deste modo, no campo das especialidades (psiquiatria, psicologia, neurologia), logo foi diagnosticado com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e retardo mental leve. A partir da psicanálise, pretendemos analisar de que modo o enquadramento do mal-estar apresentado pelo jovem dentro de uma categorização diagnóstica medicalizante reforça a sua dificuldade em se engajar no trabalho de subjetivação da adolescência, que o permitiria assumir uma posição desejante e construir um discurso próprio sobre si mesmo.
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ISSN: | 0102-1222 2179-1740 |