CORPOS ALETÚRGICOS: A VONTADE DE MATAR COMO REGIME DE VERDADE DAS PRÁTICAS DE SEGURANÇA

Resumo Este artigo objetiva o enfrentamento da branquitude que, em uma sociedade organizada pelo racismo, produz lugares de privilégio nas relações de poder e, neste trabalho, foi tomada como o elemento que articula a violência incontornável e a vontade de matar, no âmbito das práticas de segurança....

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Main Authors: Giovana Barbieri Galeano, Neuza Maria de Fátima Guareschi
Format: Article
Language:Spanish
Published: Associação Brasileira de Psicologia Social 2025-02-01
Series:Psicologia & Sociedade
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822024000100315&lng=pt&tlng=pt
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Summary:Resumo Este artigo objetiva o enfrentamento da branquitude que, em uma sociedade organizada pelo racismo, produz lugares de privilégio nas relações de poder e, neste trabalho, foi tomada como o elemento que articula a violência incontornável e a vontade de matar, no âmbito das práticas de segurança. Metodologicamente, fazemos uso de cenas como ferramentas de mobilização das narrativas urbanas da/sobre a violência que nos permitem analisar os regimes de verdade que possibilitam empreender uma ontologia do presente e dos processos de subjetivação a partir do incomodamento: como se constitui e se mantém a eficácia da letalidade? As análises permitem argumentar que, no Brasil, opera-se uma violência incontornável, que se sustenta nas lógicas da branquitude, produzindo espaços de criminalidade e matabilidade. Nessa conjuntura, sustentamos que branquitude e seus privilégios fazem o vínculo entre a incontornabilidade da violência e a vontade de matar, as quais constituem corpos aletúrgicos, no âmbito das práticas de segurança.
ISSN:1807-0310