A questão da imagem em Heidegger: da representação à configuração
A reflexão sobre a imagem em Heidegger é nitidamente marcada por dois momentos distintos, porém interligados, que dizem respeito ao modo como a questão é definida e desdobrada. Num primeiro momento, o interesse de Heidegger se volta para a questão da imaginação tal qual Kant a havia pensado no âmbi...
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| Main Author: | |
|---|---|
| Format: | Article |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
2024-12-01
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| Series: | Cadernos Cajuína |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://v3.cadernoscajuina.pro.br/index.php/revista/article/view/829 |
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|---|---|
| author | Fernando Fragozo |
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| collection | DOAJ |
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A reflexão sobre a imagem em Heidegger é nitidamente marcada por dois momentos distintos, porém interligados, que dizem respeito ao modo como a questão é definida e desdobrada. Num primeiro momento, o interesse de Heidegger se volta para a questão da imaginação tal qual Kant a havia pensado no âmbito da Darstellung, da “apresentação” de algo como algo no âmbito sensível, remetendo, portanto, à discussão da imagem como entendida tradicionalmente no escopo da metafísica, a saber, à questão do fundamento do aparecer (das coisas) enquanto tal a partir da divisão entre sensível e inteligível. Num segundo momento, trata-se, para Heidegger, de pensar o aparecimento sensível a partir da “exibição originária” que, como acontecimento instaurador, se realizaria no âmbito da arte. A presente exposição percorrerá alguns textos centrais da discussão da imagem em Heidegger, tais como Kant e o problema da metafísica, A origem da obra de arte, A época da imagem de mundo, Sobre a Madonna Sixtina, dentre outros, atentando para a polissemia do termo Bild em alemão. Este artigo visa assim delinear a crítica à concepção representativa da imagem, tal qual a realiza Heidegger em seus dois momentos, remetendo a questão da imagem ao horizonte do problema da configuração de mundo e de sentido, apontando para a questão da “imagem originária” (Urbild) e refletindo sobre o advir do elemento configurador (Gebild) irruptivo/disruptivo que constitui, para Heidegger, (novo) mundo.
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| format | Article |
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| institution | Kabale University |
| issn | 2448-0916 |
| language | Portuguese |
| publishDate | 2024-12-01 |
| publisher | Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí |
| record_format | Article |
| series | Cadernos Cajuína |
| spelling | doaj-art-6fe83021f5fc45d49a80d10c5bd79ad52025-01-30T03:07:44ZporInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do PiauíCadernos Cajuína2448-09162024-12-0110110.52641/cadcajv10i1.829A questão da imagem em Heidegger: da representação à configuraçãoFernando Fragozo0Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) A reflexão sobre a imagem em Heidegger é nitidamente marcada por dois momentos distintos, porém interligados, que dizem respeito ao modo como a questão é definida e desdobrada. Num primeiro momento, o interesse de Heidegger se volta para a questão da imaginação tal qual Kant a havia pensado no âmbito da Darstellung, da “apresentação” de algo como algo no âmbito sensível, remetendo, portanto, à discussão da imagem como entendida tradicionalmente no escopo da metafísica, a saber, à questão do fundamento do aparecer (das coisas) enquanto tal a partir da divisão entre sensível e inteligível. Num segundo momento, trata-se, para Heidegger, de pensar o aparecimento sensível a partir da “exibição originária” que, como acontecimento instaurador, se realizaria no âmbito da arte. A presente exposição percorrerá alguns textos centrais da discussão da imagem em Heidegger, tais como Kant e o problema da metafísica, A origem da obra de arte, A época da imagem de mundo, Sobre a Madonna Sixtina, dentre outros, atentando para a polissemia do termo Bild em alemão. Este artigo visa assim delinear a crítica à concepção representativa da imagem, tal qual a realiza Heidegger em seus dois momentos, remetendo a questão da imagem ao horizonte do problema da configuração de mundo e de sentido, apontando para a questão da “imagem originária” (Urbild) e refletindo sobre o advir do elemento configurador (Gebild) irruptivo/disruptivo que constitui, para Heidegger, (novo) mundo. https://v3.cadernoscajuina.pro.br/index.php/revista/article/view/829Martin Heideggerimagemcrítica à representaçãoconfiguraçãomundoarte |
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