Fisioterapia na manutenção da Funcionalidade em Cuidados Paliativos: um estudo quasi-experimental

Introdução: A Organização Mundial de Saúde, centra o conceito de Cuidados Paliativos (CPAL) na primazia do indivíduo e do cuidar da pessoa como um todo. São prestados a indivíduos com doença ativa, progressiva e com curta esperança de vida, para os quais o alívio e a prevenção do sofrimento e a Qua...

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Main Author: Gonçalo Soares
Format: Article
Language:English
Published: Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia - RACS 2025-08-01
Series:RevSALUS
Subjects:
Online Access:https://revsalus.com/index.php/RevSALUS/article/view/1116
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Description
Summary:Introdução: A Organização Mundial de Saúde, centra o conceito de Cuidados Paliativos (CPAL) na primazia do indivíduo e do cuidar da pessoa como um todo. São prestados a indivíduos com doença ativa, progressiva e com curta esperança de vida, para os quais o alívio e a prevenção do sofrimento e a Qualidade de Vida (QdV) serão os objetivos da intervenção. Uma das dimensões mais relevantes da QdV é a funcionalidade. Esta é uma população crescente nos vários países da CPLP ¹ ̄³. A Fisioterapia (FT) em CPAL centra-se numa abordagem baseada em todas as áreas do saber da FT, prevenindo e compensando o declínio da funcionalidade, otimizando a mobilidade e a QdV ³. Objetivos: Avaliar se a FT contribui para a melhoria da funcionalidade dos pacientes com cancro avançado em internamento hospitalar, quando comparado com um grupo de controlo sem esta terapia. Metodologia: Estudo analítico quantitativo quasi-experimental. A amostra foi constituída por pacientes com cancro avançado em estadio IV, em internamento no IPO de Lisboa, que pertencessem à classe etária dos 55-79 anos de idade. Foram selecionados 60 pacientes que foram divididos em dois grupos e aplicada a escala de função EORTC QLQ-C30. Resultados: Os resultados referentes à função física indicam que o Grupo Experimental apresentou uma melhoria significativa do pré-teste (Média = 14,19, DP = 14,29) para o pós-teste (Média = 29,15, DP = 11,68; p < 0,001). Por outro lado, o Grupo de Controlo não apresentou mudanças significativas na função física entre o pré-teste (Média = 16,64, DP = 13,31) e o pós-teste (Média = 13,73, DP = 10,63; p =0,159). Foi identificado um efeito de interação significativo entre o grupo e o tempo, reforçando a eficácia da intervenção. Conclusão: A FT é uma estratégia válida na melhoria e otimização da funcionalidade dos indivíduos com necessidades paliativas devendo esta terapia fazer parte do protocolo de cuidados oferecida a esta população.
ISSN:2184-4860
2184-836X