Grupo de mulheres
Introdução: O termo hiperutilizador possui uma gama extensa de interpretações, mas, em termos gerais, é utilizado para designar a pessoa que consulta com frequência superior à expectativa para aquele grupo etário e de gênero. Para a equipe de saúde da família, problematizar o aumento na frequência...
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Published: |
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
2025-01-01
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Series: | Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade |
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author | Elisa Pinto Seminotti Mariana de Oliveira Tavares Camila Giugliani Nedio Seminotti |
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collection | DOAJ |
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Introdução: O termo hiperutilizador possui uma gama extensa de interpretações, mas, em termos gerais, é utilizado para designar a pessoa que consulta com frequência superior à expectativa para aquele grupo etário e de gênero. Para a equipe de saúde da família, problematizar o aumento na frequência de consultas de determinadas pessoas, considerando a complexidade dos diferentes contextos, é um passo necessário para identificar elementos a serem reconsiderados no cuidado. Entre as atribuições dos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS), encontra-se a realização de grupos, em uma lógica de superação das consultas individuais como o único espaço de cuidado. Neste estudo, o grupo é considerado como uma ferramenta assistencial em ambiente seguro de compartilhamento de sofrimentos e vivências, bem como a geração de estratégias de enfrentamento a demandas comuns. Com a identificação de uma paciente hiperutilizadora da unidade básica de saúde Santa Cecília e dos demais serviços do complexo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e a constatação dos limites da equipe em oferecer cuidado ao seu quadro, criou-se um espaço de grupo de mulheres como alternativa assistencial. Objetivo: Descrever o perfil da pessoa hiperutilizadora em questão e as motivações para incluí-la em um grupo, assim como descrever a criação desse grupo e analisar os efeitos percebidos nas demandas de saúde e nas manifestações de sofrimento da paciente após seis meses de participação. Métodos: Estudo de caso desenvolvido baseado em uma usuária singular e em sua participação no grupo de mulheres durante seis meses, utilizando-se observação participante, análise de conteúdo dos registros de observações e revisão de prontuários para avaliar a evolução do quadro de saúde e de sofrimento da usuária. Resultados: Constatou-se a redução do número de consultas em todas as especialidades, assim como do número de exames e uso de medicamentos. Os registros de observações sinalizaram que o grupo criou uma forte rede de apoio e suporte, que parecem ter contribuído para melhorar o quadro clínico e emocional da usuária. Conclusões: Foi possível identificar o benefício do grupo para a saúde da usuária. Este estudo traz contribuições aos profissionais da APS sobre como quantificar e qualificar essa ferramenta de cuidado, a fim de respaldar a potencialidade dos espaços grupais junto à gestão, à equipe e à população.
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institution | Kabale University |
issn | 1809-5909 2179-7994 |
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publisher | Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade |
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spelling | doaj-art-5445af1e6e834824a668389526abc8f82025-01-23T13:47:22ZengSociedade Brasileira de Medicina de Família e ComunidadeRevista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade1809-59092179-79942025-01-01194610.5712/rbmfc19(46)3668Grupo de mulheresElisa Pinto Seminotti0Mariana de Oliveira Tavares1Camila Giugliani2Nedio Seminotti31Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Porto Alegre (RS), Brasil.Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Porto Alegre (RS), Brasil.2Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS), Brasil.Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul – Porto Alegre (RS), Brasil. Introdução: O termo hiperutilizador possui uma gama extensa de interpretações, mas, em termos gerais, é utilizado para designar a pessoa que consulta com frequência superior à expectativa para aquele grupo etário e de gênero. Para a equipe de saúde da família, problematizar o aumento na frequência de consultas de determinadas pessoas, considerando a complexidade dos diferentes contextos, é um passo necessário para identificar elementos a serem reconsiderados no cuidado. Entre as atribuições dos profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS), encontra-se a realização de grupos, em uma lógica de superação das consultas individuais como o único espaço de cuidado. Neste estudo, o grupo é considerado como uma ferramenta assistencial em ambiente seguro de compartilhamento de sofrimentos e vivências, bem como a geração de estratégias de enfrentamento a demandas comuns. Com a identificação de uma paciente hiperutilizadora da unidade básica de saúde Santa Cecília e dos demais serviços do complexo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e a constatação dos limites da equipe em oferecer cuidado ao seu quadro, criou-se um espaço de grupo de mulheres como alternativa assistencial. Objetivo: Descrever o perfil da pessoa hiperutilizadora em questão e as motivações para incluí-la em um grupo, assim como descrever a criação desse grupo e analisar os efeitos percebidos nas demandas de saúde e nas manifestações de sofrimento da paciente após seis meses de participação. Métodos: Estudo de caso desenvolvido baseado em uma usuária singular e em sua participação no grupo de mulheres durante seis meses, utilizando-se observação participante, análise de conteúdo dos registros de observações e revisão de prontuários para avaliar a evolução do quadro de saúde e de sofrimento da usuária. Resultados: Constatou-se a redução do número de consultas em todas as especialidades, assim como do número de exames e uso de medicamentos. Os registros de observações sinalizaram que o grupo criou uma forte rede de apoio e suporte, que parecem ter contribuído para melhorar o quadro clínico e emocional da usuária. Conclusões: Foi possível identificar o benefício do grupo para a saúde da usuária. Este estudo traz contribuições aos profissionais da APS sobre como quantificar e qualificar essa ferramenta de cuidado, a fim de respaldar a potencialidade dos espaços grupais junto à gestão, à equipe e à população. https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3668Grupos de apoioProcessos grupaisAtenção Primária à SaúdeSaúde das mulheres. |
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