Resultados da Intervenção Coronariana Percutânea Recomendada pelas Diretrizes em Mulheres com Doença Arterial Coronariana Obstrutiva: um Estudo de Coorte Longitudinal
Resumo Fundamento Estudos prévios demonstram que mulheres com doença arterial coronariana (DAC) são menos submetidas a angiografia e apresentam resultados menos favoráveis após intervenção coronariana percutânea (ICP). Objetivos Avaliar os resultados de mulheres com síndrome coronariana aguda (S...
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Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
2025-02-01
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| author | Tacianne Rolemberg Braga Delamain José Henrique Herrmann Delamain Sergio Luiz Navarro Braga Ricardo Costa Dimytri Alexandre Alvim de Siqueira Fausto Feres Marinella Patrizia Centemero |
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| description | Resumo Fundamento Estudos prévios demonstram que mulheres com doença arterial coronariana (DAC) são menos submetidas a angiografia e apresentam resultados menos favoráveis após intervenção coronariana percutânea (ICP). Objetivos Avaliar os resultados de mulheres com síndrome coronariana aguda (SCA) e DAC estável (lesão>50%) tratadas com ICP contemporânea usando stents liberadores de drogas. Métodos Estudo de coorte observacional, longitudinal, com acompanhamento prospectivo, que incluiu todas as pacientes do sexo feminino > 18 anos admitidas em centro cardiológico público terciário no Brasil, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. Resultados 1146 mulheres (idade média de 65 anos) foram submetidas à ICP recomendada pela diretriz. Os fatores de risco foram frequentes (hipertensão: 88%, dislipidemia: 85%, diabetes: 47,5%) e 69% foram internadas devido à SCA. O acesso radial foi usado em 59% das pacientes; 1516 vasos foram tratados com 1725 stents implantados (1,5 stents/paciente). A ICP foi bem-sucedida em 97,7%, a morte intra-hospitalar ocorreu em 1,2%, IM periprocedimento em 3,6% e ataque isquêmico transitório em 0,4%. Preditores de eventos adversos cardíacos e cerebrovasculares maiores (ECCAM) intra-hospitalares: acidente vascular cerebral prévio (OR: 2,97; IC: 1,06-7,15; p = 0,023), DRC (OR: 3,11; IC: 1,49-6,20; p = 0,002) e pelo menos uma falha de procedimento durante ICP (OR: 10,2; IC: 1,17-5,9; p < 0,001). O acompanhamento médio foi de 576,2 dias em 1.047 pacientes. Mortalidade por todas as causas ocorreu em 5,3%, morte cardíaca em 3,5%, nova SCA em 8% e necessidade de nova revascularização em 5,5%. Os preditores de ECCM durante o seguimento foram admissão por SCA (retirar índice ICP) e a presença de ECCM durante a hospitalização (OR: 6,66; HR: 2,42-18,3; p< 0,001). Conclusão Neste estudo pioneiro envolvendo 1146 pacientes tratados por ICP contemporânea e acompanhados por quase 2 anos, obtivemos resultados hospitalares e de médio prazo muito encorajadores. |
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| publisher | Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) |
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| series | Arquivos Brasileiros de Cardiologia |
| spelling | doaj-art-53f7a7a4e239407c846308c2a2a250922025-02-04T07:42:02ZengSociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)Arquivos Brasileiros de Cardiologia1678-41702025-02-01122110.36660/abc.20240249Resultados da Intervenção Coronariana Percutânea Recomendada pelas Diretrizes em Mulheres com Doença Arterial Coronariana Obstrutiva: um Estudo de Coorte LongitudinalTacianne Rolemberg Braga Delamainhttps://orcid.org/0000-0001-8855-4814José Henrique Herrmann DelamainSergio Luiz Navarro BragaRicardo Costahttps://orcid.org/0000-0003-0319-3461Dimytri Alexandre Alvim de Siqueirahttps://orcid.org/0000-0003-4903-5274Fausto FeresMarinella Patrizia Centemerohttps://orcid.org/0000-0002-4600-431XResumo Fundamento Estudos prévios demonstram que mulheres com doença arterial coronariana (DAC) são menos submetidas a angiografia e apresentam resultados menos favoráveis após intervenção coronariana percutânea (ICP). Objetivos Avaliar os resultados de mulheres com síndrome coronariana aguda (SCA) e DAC estável (lesão>50%) tratadas com ICP contemporânea usando stents liberadores de drogas. Métodos Estudo de coorte observacional, longitudinal, com acompanhamento prospectivo, que incluiu todas as pacientes do sexo feminino > 18 anos admitidas em centro cardiológico público terciário no Brasil, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. Resultados 1146 mulheres (idade média de 65 anos) foram submetidas à ICP recomendada pela diretriz. Os fatores de risco foram frequentes (hipertensão: 88%, dislipidemia: 85%, diabetes: 47,5%) e 69% foram internadas devido à SCA. O acesso radial foi usado em 59% das pacientes; 1516 vasos foram tratados com 1725 stents implantados (1,5 stents/paciente). A ICP foi bem-sucedida em 97,7%, a morte intra-hospitalar ocorreu em 1,2%, IM periprocedimento em 3,6% e ataque isquêmico transitório em 0,4%. Preditores de eventos adversos cardíacos e cerebrovasculares maiores (ECCAM) intra-hospitalares: acidente vascular cerebral prévio (OR: 2,97; IC: 1,06-7,15; p = 0,023), DRC (OR: 3,11; IC: 1,49-6,20; p = 0,002) e pelo menos uma falha de procedimento durante ICP (OR: 10,2; IC: 1,17-5,9; p < 0,001). O acompanhamento médio foi de 576,2 dias em 1.047 pacientes. Mortalidade por todas as causas ocorreu em 5,3%, morte cardíaca em 3,5%, nova SCA em 8% e necessidade de nova revascularização em 5,5%. Os preditores de ECCM durante o seguimento foram admissão por SCA (retirar índice ICP) e a presença de ECCM durante a hospitalização (OR: 6,66; HR: 2,42-18,3; p< 0,001). Conclusão Neste estudo pioneiro envolvendo 1146 pacientes tratados por ICP contemporânea e acompanhados por quase 2 anos, obtivemos resultados hospitalares e de médio prazo muito encorajadores.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2025000100306&lng=pt&tlng=ptIntervenção Coronariana PercutâneaMulheresDoença da Artéria CoronarianaFatores de Risco |
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