Constitucionalismo feminista para África

Demonstra-se neste artigo o retrocesso do constitucionalismo africano, em acompanhar de maneira igualitária, a evolução dos direitos civis e políticos das mulheres naquele continente, na medida em que;  o direito tem se apresentado como um instrumento de manutenção de poder; que  garante os privilég...

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Main Author: Armenio Alberto Rodrigues Da Roda
Format: Article
Language:English
Published: Instituto de Direito Constitucional e Cidadania 2024-02-01
Series:Revista do Instituto de Direito Constitucional e Cidadania
Subjects:
Online Access:https://revistadoidcc.com.br/index.php/revista/article/view/172
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Description
Summary:Demonstra-se neste artigo o retrocesso do constitucionalismo africano, em acompanhar de maneira igualitária, a evolução dos direitos civis e políticos das mulheres naquele continente, na medida em que;  o direito tem se apresentado como um instrumento de manutenção de poder; que  garante os privilégios sociais e políticos  aos homens, que se valem de pretexto cultural, para reafirmar a posição hegemônica como único  sujeito universal e que simultaneamente, determina meios de legitimação de uma normatividade patriarcal, sexista e misógina, que continua oprimindo à dignada das mulheres, veiculado por um discurso falocêntrico, que limita diversos direitos às mulheres, vítimas de uma política e narrativa jurídica,  ligadas à maternidade compulsória, a redutibilidade das liberdades negativas e a não inclusão das mulheres no processo democrático;  que acaba  afetando os direitos reprodutivos, direito ao desenvolvimento, direito à trabalho, direito à participação política e  econômica no âmbito  estatal etc. Por outro lado, vislumbra-se uma naturalização da cultura androcêntrica e machista, te contribuído para elevados níveis de violência doméstica e sexual. E neste sentido, o artigo apela por uma comunicação legislativa, hermenêutica e, de políticas públicas que possam ser desencadeadas pelo constitucionalismo africano, com vista a alçar-se à justiça de gênero nos Estados africanos, revertendo a dimensão estrutural do sexismo naturalizado.
ISSN:1808-9143
2596-0075