Recife, Veneza Brasileira: repensando a mobilidade urbana a partir de seus rios
Muitas cidades são ricas em rios, canais e estuários que configuram e embelezam suas paisagens urbanas. Tradicionalmente utilizados como rotas de transporte e espaços de lazer, passaram por períodos de degradação com intensas poluições domésticas e industriais. Nas últimas décadas, tais espaços têm...
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| Main Authors: | , |
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| Format: | Article |
| Language: | English |
| Published: |
DINÂMIA’CET – IUL, Centre for Socioeconomic and Territorial Studies
2017-06-01
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| Series: | Cidades, Comunidades e Território |
| Subjects: | |
| Online Access: | https://journals.openedition.org/cidades/455 |
| Tags: |
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| Summary: | Muitas cidades são ricas em rios, canais e estuários que configuram e embelezam suas paisagens urbanas. Tradicionalmente utilizados como rotas de transporte e espaços de lazer, passaram por períodos de degradação com intensas poluições domésticas e industriais. Nas últimas décadas, tais espaços têm sido pensados enquanto alternativas para o contexto distópico das cidades contemporâneas, desafiando o modelo hegemônico de mobilidade individual privada e trazendo benefícios sociais, culturais e ambientais. Recife, conhecida como Veneza brasileira pela quantidade de rios que cruzam a cidade, passou a investir, a partir de 2012, em um projeto piloto que busca despoluir as águas de seus rios e transformá-los em corredores para o transporte público. O projeto Rios da Gente surge como uma mobilidade potencial que pode democratizar e pluralizar as opções de modos de transporte na região. Este artigo tem, então, como objetivo analisar este projeto de navegabilidade enquanto uma forma de mobilidade potencial seguindo o conceito de motilidade apresentado por Kaufmann (2002) e partindo do modelo de mobilidade potencial desenvolvido por Kellerman (2012). Este modelo e conceitos básicos se mostram úteis para uma reflexão tanto a nível micro quanto macro, por exemplo, do planejamento e gestão sustentável da mobilidade urbana. Partindo dos conceitos que constituem uma mobilidade potencial e sua apropriação, passamos a focar em aspectos dos indivíduos/usuários mas, principalmente, as considerações societais desses elementos. |
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| ISSN: | 2182-3030 |