ÒRUN-ÀIYÉ - O “SAGRADO VIVIDO” PELOS MEMBROS DO CANDOMBLÉ E A AFRO-TERRITORIALIDADE: DIÁLOGOS ENTORNO DE UM CAMPO DE POSSIBILIDADES

O presente artigo tem como principal objetivo promover o debate acerca da concepção de mundo nas tradições dos terreiros de candomblé de nação kétu e, consequentemente, sua implicação na compreensão, organização e estruturação de outras formas de organização territoriais. A partir da sistematização...

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Bibliographic Details
Main Author: Emerson Costa Melo
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Viçosa 2019-09-01
Series:REVES - Revista Relações Sociais
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufv.br/reves/article/view/8944
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Description
Summary:O presente artigo tem como principal objetivo promover o debate acerca da concepção de mundo nas tradições dos terreiros de candomblé de nação kétu e, consequentemente, sua implicação na compreensão, organização e estruturação de outras formas de organização territoriais. A partir da sistematização do referencial teórico-conceitual disponível e, ainda, com base em estudos de campo em terreiros de candomblé, sob um viés fenomenológico orientado pelo prisma da afrocentricidade, foi possível identificar que o modelo de organização territorial de tal seguimento religioso rompe com a lógica binária que compreende a relação entre o “espaço sagrado e o espaço profano”, cedendo lugar para o “sagrado vivido” dos membros do candomblé que se remete a relação entre Òrun-Àiyé - a origem do mundo. Tal interpretação possibilita afirmar a existência de outra forma de organização territorial, a qual é orientada pela dinâmica dos corpos dos iniciados em sua forma de se relacionar com o espaço, dinâmica esta, aqui identificada, como sendo uma afro-territorialidade.
ISSN:2595-4490