Que tipo de conhecimento vale mais?

O artigo discute as relações entre sociedade e políticas curriculares à luz das teorias críticas e sociológicas do currículo. O objetivo é pensar o lugar subordinado do ensino de sociologia no contexto da Lei nº 13.415/2017. Partindo da perspectiva segunda a qual o ensino de sociologia se constitui...

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Main Author: Vergas Vitoria Silva
Format: Article
Language:English
Published: University of Brasília 2024-01-01
Series:Pós
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Online Access:https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/50787
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description O artigo discute as relações entre sociedade e políticas curriculares à luz das teorias críticas e sociológicas do currículo. O objetivo é pensar o lugar subordinado do ensino de sociologia no contexto da Lei nº 13.415/2017. Partindo da perspectiva segunda a qual o ensino de sociologia se constitui enquanto uma questão social, política e ideológica, este estudo pretende dar respostas a seguinte problematização: o que está por trás do expediente que reduziu a presença da sociologia a condição de “estudos e práticas”? Em termos metodológicos, o estudo apoia-se numa abordagem qualitativa que emprega a técnica da análise documental do conteúdo presente na Lei nº 13.415/2017. Os resultados a que chegamos sugerem que o texto da Reforma do Ensino Médio reflete os interesses e perspectivas das classes dominantes, não estando, portanto, enraizado no contexto dos estratos sociais subalternos, o que poderia explicar a resistência em relação à sociologia. O papel secundário atribuído à disciplina sociológica no âmbito da Reforma do Ensino Médio revela o caráter regulador e político das políticas educacionais, bem como sua sintonia com os interesses do capital. A substituição da obrigatoriedade da sociologia como disciplina curricular por um dispositivo legal que a reduziu a “estudos e práticas” demonstra que a Lei nº 13.415/2017 segue uma tradição seletiva moldada pela perspectiva de determinados grupos em relação ao que constitui conhecimento legítimo.
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issn 2317-0344
language English
publishDate 2024-01-01
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spelling doaj-art-40d13c3b9f86407f8b102e64303855102025-01-22T13:27:34ZengUniversity of BrasíliaPós2317-03442024-01-01182Que tipo de conhecimento vale mais? Vergas Vitoria Silva0Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) O artigo discute as relações entre sociedade e políticas curriculares à luz das teorias críticas e sociológicas do currículo. O objetivo é pensar o lugar subordinado do ensino de sociologia no contexto da Lei nº 13.415/2017. Partindo da perspectiva segunda a qual o ensino de sociologia se constitui enquanto uma questão social, política e ideológica, este estudo pretende dar respostas a seguinte problematização: o que está por trás do expediente que reduziu a presença da sociologia a condição de “estudos e práticas”? Em termos metodológicos, o estudo apoia-se numa abordagem qualitativa que emprega a técnica da análise documental do conteúdo presente na Lei nº 13.415/2017. Os resultados a que chegamos sugerem que o texto da Reforma do Ensino Médio reflete os interesses e perspectivas das classes dominantes, não estando, portanto, enraizado no contexto dos estratos sociais subalternos, o que poderia explicar a resistência em relação à sociologia. O papel secundário atribuído à disciplina sociológica no âmbito da Reforma do Ensino Médio revela o caráter regulador e político das políticas educacionais, bem como sua sintonia com os interesses do capital. A substituição da obrigatoriedade da sociologia como disciplina curricular por um dispositivo legal que a reduziu a “estudos e práticas” demonstra que a Lei nº 13.415/2017 segue uma tradição seletiva moldada pela perspectiva de determinados grupos em relação ao que constitui conhecimento legítimo. https://periodicos.unb.br/index.php/revistapos/article/view/50787ensino de sociologia; Lei n.º 13.415/2017; teorias críticas do currículo.
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