O complexo e o trivial em “Grande Sertão: Veredas”

A narrativa de Grande Sertão: Veredas é aqui problematizada a partir de sua estrutura paradoxal e fragmentada. As reflexões do narrador Riobaldo, sobre Deus e a religiosidade, não apresentam um pensamento orgânico, mas oscilam entre a certeza e a dúvida e instauram um desassossego no relato. A inqui...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Maria Cláudia Araujo
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2012-08-01
Series:Último Andar
Subjects:
Online Access:https://revistas.pucsp.br/index.php/ultimoandar/article/view/10710
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:A narrativa de Grande Sertão: Veredas é aqui problematizada a partir de sua estrutura paradoxal e fragmentada. As reflexões do narrador Riobaldo, sobre Deus e a religiosidade, não apresentam um pensamento orgânico, mas oscilam entre a certeza e a dúvida e instauram um desassossego no relato. A inquietação de Riobaldo aponta para o caráter transcendente da personagem, que trata de entender e até mesmo de explicar qual é o sentido do duelo entre o bem e o mal. A secura e a aridez do sertão, mescladas com as veredas fluviais da natureza, podem ser entendidas como uma metáfora da condição sentimental do ser humano diante do mundo.
ISSN:1980-8305