PE-055 Frequência de reações adversas em pacientes submetidos à dupla terapia antirretroviral em um hospital de referência de salvador – Brasil

Introdução: A terapia antirretroviral (TARV) é fundamental no tratamento de pessoas vivendo com HIV, garantindo a supressão viral e a melhora na qualidade de vida. No entanto, o uso de antirretrovirais pode estar associado a reações adversas a medicamentos (RAM), que podem impactar a adesão ao trat...

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Main Authors: Dulce Brás Impene Combo, Lucia Araújo Costa Beisl Noblat, Carlos Brites
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia 2025-03-01
Series:Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia
Subjects:
Online Access:https://www.ojs.jaff.org.br/ojs/index.php/jaff/article/view/1166
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Summary:Introdução: A terapia antirretroviral (TARV) é fundamental no tratamento de pessoas vivendo com HIV, garantindo a supressão viral e a melhora na qualidade de vida. No entanto, o uso de antirretrovirais pode estar associado a reações adversas a medicamentos (RAM), que podem impactar a adesão ao tratamento e a saúde dos pacientes. A dupla terapia antirretroviral, que utiliza dois agentes em combinação, tem sido estudada por sua eficácia e potencial de reduzir RAM em comparação aos esquemas tradicionais de três ou mais medicamentos. Estudos recentes indicam que regimes simplificados, como a combinação de dolutegravir (DTG) e lamivudina (3TC), são bem tolerados e apresentam menor frequência de reações adversas. Objetivo: Avaliar a frequência e os tipos de reações adversas a medicamentos (RAM) em pacientes HIV positivos submetidos à dupla terapia antirretroviral. Material e Método: Trata-se de um estudo transversal realizado no Ambulatório Magalhães Neto vinculado ao Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Os dados foram coletados de Janeiro de 2017 à Agosto de 2022. Foram incluídos pacientes HIV positivos, com 18 anos ou mais, com experiência no TARV, sem distinção de sexo; o esquema ARV simplificado foi definido, como mudança de um regime terapêutico prescrito, para reduzir a posologia e/ou o número total de medicamentos por dia variando de 1 ou 2 medicamentos prescritos. Os critérios de exclusão foram: pacientes transferidos para outras unidades de atendimento; pacientes que foram dispensados medicamentos no período de internamento, mas que não eram acompanhados no serviço ambulatorial. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina sob o número do parecer consubstanciado em 1.035.826. Resultados: dos 244 participantes analisados, 95,49% em regime de dupla terapia antirretroviral não tiveram RAM, e 3,28% relataram reações adversas. As RAM mais comuns foram elevação da creatinina (2,87%) e alucinações (0,4%), associadas ao esquema DTG+3TC. Apesar de 78% dos pacientes terem histórico de RAM, a dupla terapia mostrou alta tolerância, com o esquema ATV+RTV+3TC tendo a maior frequência de RAM (1,2%). Discussão e Conclusões: A dupla terapia antirretroviral demonstrou alta tolerabilidade não apresentando taxas elevadas de RAM em pacientes HIV positivos. Esses achados evidenciam uma frequência significativamente baixa de RAM a esquemas de dupla terapia. A maioria dos pacientes não experimentou RAM, e as reações adversas observadas foram geralmente leves. Esses desfechos, reforçam e apoiam o uso de regimes simplificados como uma estratégia eficaz e segura para o tratamento do HIV.
ISSN:2525-5010
2525-7323